PSG se defende em polêmica e explica ‘bônus de ética’ pago aos jogadores
Documentos do 'Football Leaks', divulgados por programa francês revelaram valores pagos por comportamentos aos atletas. Clube nega punição para quem não aplaudir torcida
Os documentos do 'Football Leaks', divulgados pelo programa francês 'Envoyé spécial' em parceria com o site Mediapart, repercutiram no PSG. Segundo informações, jogadores da equipe recebiam pagamentos para aplaudir a torcida após o término dos jogos ou até mesmo para não criticar o técnico. O Paris Saint-Germain emitiu uma nota tentando esclarecer o caso e explicar o que definiu como "bônus de ética".
No comunicado, o clube ressaltou que no clube vigora a prática um "bônus ético mensal" e o "objetivo é pedagógico em torno dos valores que o clube pretende incorporar". Além disso, afirmou que nunca puniu um jogador por não aplaudir a torcida.
No fim, admite que o bônus pode ser retirado em caso de "ausências injustificadas ou comentários negativos, como no caso Periscope. Na extrema maioria dos casos, os objetivos perseguidos por esta cláusula são alcançados."
CONFIRA A NOTA DO PSG NA ÍNTEGRA:
1. Todos os contratos esportivos do clube e de seus subsidiários estipulam um bônus de ética mensal, cujo pagamento está vinculado à obtenção dos chamados objetivos éticos. Este bônus variável é, portanto, uma parte da remuneração mensal.
2. Todos os atletas do Clube (futebol, futebol feminino, handebol, judô) têm este bônus ético em seu contrato, independentemente de sua idade e status (desde o primeiro contrato no centro de formação até o mais alto nível profissional).
3. Entre estas 12 regras éticas: comportamento exemplar em relação a parceiros, adversários, árbitros e delegados oficiais; pontualidade e diligência em todo treinamento; a ausência de apostas relacionadas a competições nas quais o Clube participa ou o respeito aos compromissos do jogador com a mídia.
4. Nenhum jogador jamais foi penalizado por não ter aplaudido os torcedores no final de uma partida.
5. Este sistema visa enfatizar o peso e a importância da instituição como um todo (clube, torcedores, dirigentes, funcionários, parceiros, patrocinadores). O objetivo não é dar um bônus para alcançar esses objetivos; o objetivo é pedagógico em torno dos valores que o clube pretende incorporar.
6. Antes da assinatura do contrato, um discurso completo e claro acompanha a apresentação desta cláusula. É particularmente lembrado que estas regras de senso comum são ainda mais essenciais no contexto ultra midiático do clube.
Em quais casos os jogadores tem uma parte de seu bônus pela ética retirado?
Em casos excepcionais. Em particular, ausências injustificadas ou comentários negativos como no caso Periscope. Na extrema maioria dos casos, os objetivos perseguidos por esta cláusula são alcançados.
Para onde vai o dinheiro retirado dos prêmios de ética?
É inteiramente doado para a Fundação Paris Saint-Germain.
Esses bônus de ética só existem no PSG?
Não. Nós os encontramos hoje em muitos clubes esportivos, mas também na Carta dos Bleus criada em 2013 pela FFF. Em geral, esses bônus estão previstos na Convenção coletiva do esporte de 7 de julho de 2005, para jogadores profissionais, no artigo 12-6.