Cerveja e futebol, no Qatar, não são sinônimos. No país-sede da próxima Copa do Mundo, a comercialização de bebidas alcoólicas é proibida, assim como o consumo na maioria dos lugares públicos. A única exceção é a venda e consumo nos hotéis internacionais, longe dos estádios e do clima de uma partida de futebol.
Para o Mundial de 2022, os fãs de uma gelada que estiverem no Qatar poderão ser contemplados com uma "flexibilização" da atual legislação.
De acordo com o porta-voz do Comitê Organizador do Mundial, haverá venda em outros locais, não apenas em alguns hotéis.
- Essa é uma questão que estamos vendo com a Fifa. Vamos receber todos, independentemente das culturas e crenças. Somos um país conservador e queremos respeito às nossas culturas e nossas tradições. Atualmente, o álcool é permitido em alguns locais e esse deve ser o cenário para a Copa do Mundo - disse Khalid Al-Naama, nesta quinta-feira, em Doha.
- Há dois tipos de Fan Zone, como foi no Brasil e na Rússia. Tem o Fifa Fan Fest, organizado pela Fifa e tem a Fan Zone, organizado pelo país anfitrião. Essa é a grande diferença. Na Fan Fest, a Fifa pode fazer as propagandas que quiserem, já a Fan Zone é mais uma festa sobre o país. Haverá áreas com e sem álcool para os torcedores. Vamos ter opções para todos - completou.
Vale lembrar que a Fifa tem entre seus patrocinadores fabricantes de cerveja, diretamente interessados na decisão que o Qatar tomará em breve. O país espera que os visitantes em 2022 se interessem mais em explorar o turismo e a cultura locais:
- A Copa do Mundo promove uma troca de culturas. Pessoas se juntam em um único país e conhecem mais sobre a cultura. O Qatar tem muito a oferecer, assim como qualquer outro país. E isso não se limita apenas ao álcool, que dura alguns minutos ou horas.