Nesta quarta-feira, às 16h, Real Madrid e Chelsea iniciam o duelo pelas quartas de final da Champions League em um encontro dos dois últimos clubes a levantar a taça. As equipes fazem campanhas instáveis nos campeonatos nacionais, mas a competição continental pode servir como salvação em meio ao caos. Os espanhóis buscam a 15ª conquista - recordistas de títulos -, enquanto os ingleses querem seu terceiro troféu, além de uma pequena vingança sobre o adversário.
Na última temporada, o Real teve o Chelsea em seu caminho rumo ao título. Na ida, em Londres, venceu por 3 a 1 com hat-trick de Benzema. O francês abriu o placar aos 21 após cruzamento de Vini Jr e aumentou aos 26, marcando de cabeça nas duas oportunidades. Havertz descontou no fim da primeira etapa, mas o goleiro Mendy falhou na intermediária defensiva dos Blues e presenteou Benzema novamente, fechando a conta.
No jogo da volta, a história parecia entregar um destino diferente. Aos 14 minutos, Mason Mount marcou o primeiro do Chelsea. Rüdiger marcou o segundo dos londrinos no começo da segunda etapa, o que já era suficiente para levar a partida à prorrogação. Faltando cerca de 15 minutos, o contestado Timo Werner viria a marcar o terceiro e o Chelsea estava conquistando a vaga, quando Modric achou grande bola para o brasileiro Rodrygo marcar e garantir o tempo extra. Aos 5 do primeiro tempo da prorrogação, Benzema apareceria para marcar novamente em jogada aérea e classificar o Real, que posteriormente bateria outros dois ingleses, Manchester City e Liverpool, para conquistar o título.
De lá para cá, muita coisa mudou nos dois clubes. O Real Madrid já não conta com diversos jogadores que estavam em seu elenco um ano atrás. Isco, Marcelo, Jovic, Bale e Casemiro - titular nos dois jogos - não atuam mais pelo clube espanhol. Rüdiger, que marcou com a camisa do Chelsea no último ano, foi contratado na última janela do verão europeu, assim como Tchouameni.
Acima de tudo, a base do trabalho segue: Carlo Ancelotti, responsável por um grande crescimento do coletivo madridista, é abordado por diversos clubes europeus e até mesmo pela Seleção Brasileira, mas segue fiel ao clube merengue por enquanto. Houve uma queda no futebol apresentado por alguns jogadores, como o próprio Benzema, decisivo no último confronto. Mas as noites de Champions se acostumaram a mostrar um Real Madrid especial e inspirado.
+ Enfrentamento no pior momento possível é ruim para o Chelsea
O Chelsea enfrentou ainda mais mudanças. Todd Boehly se tornou o dono do clube inglês após uma compra realizada em maio do ano passado, no valor de US$ 5,4 bilhões. Os investimentos não foram altos somente na parte administrativa; o novo proprietário já desembolsou mais de 600 milhões de euros em contratações, somando as duas últimas janelas de transferências. Porém, o desempenho na temporada ainda não justificou o gasto: os Blues ocupam apenas a 11ª posição na Premier League e não conquistaram a Copa da Inglaterra nem a EFL Cup.
Com isso, a única opção restante para que a temporada não fique em branco é a Champions. Talvez por este motivo, Boehly tenha trocado por duas vezes de treinador. Thomas Tuchel, comandante da equipe no título em 2021, foi demitido logo no começo de 2022-23 e deu lugar a Graham Potter, que também não conseguiu realizar um bom trabalho e também caiu. Em seu lugar, o ídolo histórico do Chelsea, Frank Lampard, assume interinamente até o fim da temporada e tem a responsabilidade de conduzir a equipe à conquista do continental.
Os elencos e as condições podem ter mudado, mas a vontade de vencer a competição sempre é igual. Por isso, Real e Chelsea medem forças nesta quarta, no Santiago Bernabéu, e decidem em Londres na próxima terça (18) a vaga na semifinal da Champions. Quem passar enfrenta o classificado do duelo entre Bayern e Manchester City.