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Relembre polêmicas com Jérôme Valcke, ex-diretor geral da Fifa que pode ser preso por 35 meses

Ex-secretário geral e o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, foram acusados de acordo corrupto pelos direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030<br>

Jerome Valcke
imagem cameraJérôme Valcke foi secretário geral da Fifa (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)
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Lance!
Zurique (SUI)
Dia 10/03/2022
12:13
Atualizado em 10/03/2022
13:55

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A Justiça da Suíça pediu na última quarta-feira (9) as prisões do ex-secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, e do presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi. Os dois são acusados de um ‘acordo corrupto’ pelos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.

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Esta não é a primeira vez que o nome de Jérôme Valcke é envolvido em polêmicas no cenário do futebol mundial. O ex-secretário da Fifa já havia sido acusado de desviar verba da venda de ingressos da Copa do Mundo de 2014, além de atritos com políticos brasileiros durante a preparação para a competição no Brasil.

Em 2007, a promoção de Jérôme Valcke a secretário geral da Fifa gerou polêmica. Isto porque o francês tinha sido destituído do cargo de diretor de Marketing e Tv por ter sido considerado culpado pelas negociações de patrocínio que havia feito com a ‘Visa’, apesar do acordo existente da Fifa com a sua parceira de longa data ‘MasterCard’ e, portanto, violou o direito da ‘MasterCard’ de ‘Negociação Preferencial’. O caso rendeu uma multa de 60 milhões de dólares para a entidade máxima do futebol.

Jérôme Valcke foi afastado do cargo da Fifa em 2015, um ano após a Copa do Mundo no Brasil, por ter sido acusado de desviar verba da venda de ingressos. O francês teria feito um acordo com uma empresa de marketing para comercializar os ingressos por um preço maior que o estabelecido, o que gerou um lucro de 50% ao dirigente.

Em relação à Copa do Mundo de 2014, o nome de Valcke repercutiu bastante no Brasil O dirigente foi o intermediário entre a Fifa e o país para tratar dos assuntos relacionados à organização do evento.

A primeira crítica do francês foi devido à demora da aprovação da Lei Geral da Copa, que é o documento que comprova a concordância do país-sede com as diretrizes determinadas pela Fifa. Na época, Valcke emitiu uma nota oficial cobrando rapidez no processo da votação.

Uma das declarações mais polêmicas de Valcke foi em 2012, quando disse que o Brasil merecia um ‘chute no traseiro’ pelo não cumprimento dos prazos impostos pela entidade nos preparativos para a Copa. Na época, o então ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a pedir um novo intermediário da Fifa. O francês, por sua vez, pediu desculpas e disse que foi mal interpretado.

O Ministério Público da Suíça precisa, agora, provar que o acordo feito entre Al-Khelaifi e Valcke prejudicou a Fifa. Isto porque, anteriormente, a entidade havia retirado a acusação contra os dirigentes em 2020 por conta de um acordo com o presidente do PSG, que diz que ‘foi o mais vantajoso’ para a Fifa, pela valorização das receitas em relação às Copas de 2018 e 2022.

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