Ronaldinho e Assis deixam a cadeia algemados para nova audiência
Os dois chegaram nesta manhã para audiência sobre uso de documentos falsos. Ex-jogador e irmão ficaram detidos em local especial e não tiveram mordomias
Ronaldinho Gaúcho e Assis chegaram no Palácio da Justiça, no Paraguai, para audiência sobre a prisão preventiva dos irmãos no caso do uso de passaportes e identidades falsas para entrar no país. A juíza Clara Ruiz Díaz irá conduzir o caso no tribunal. Os acusados chegaram ao local por volta das 10h (horário de Brasília).
O ex-jogador e seu empresário passaram a noite na prisão da Polícia Nacional que improvisou no local que funcionou como um lugar de reclusão para delinquentes considerados altamente perigosos ou que não são prudentes de levar para uma cela comum. O espaço era destinado a ser um escritório administrativo.
Segundo informações da “ABC Cardinal”, na noite da última sexta-feira o jogador recebeu cobertores e roupas de cama. Também chegou para Ronaldinho um delivery de comida de uma famosa empresa de hambúrgueres. Advogados também foram vistos e se supõe que eles estivesse levando objetos pessoais para o ex-jogador e seu irmão. Eles também se encontram ao lado Ramón González Daher, ex-dirigente da Associação de Futebol do Paraguai.
ENTENDA O CASO
Ronaldinho e Assis chegaram ao Paraguai na quarta-feira para realizar ações publicitárias de um livro, sendo recebidos com festa logo no aeroporto de Assunção. Eles apresentaram passaportes falsos logo no desembarque, que afirmavam que os dois eram paraguaios naturalizados, o que é mentira. Os policiais notaram a veracidade duvidosa dos documentos na hora, mas optaram por não realizar as prisões de imediato para não gerar um grande alvoroço no local.
Na madrugada de quarta-feira para quinta, uma equipe policial chegou no local onde os dois brasileiros estavam hospedados para realizar uma investigação, onde encontraram os dois passaportes falsificados. Tanto Ronaldinho como Roberto foram levados à uma delegacia para prestar depoimentos.
O Ministério Público culpou o empresário Wilmondes Sousa Lira, que teria sido acusado de confeccionar os documentos falsificados, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero por participarem do esquema. Todavia, Ronaldinho e Roberto Assis teriam sido enganados e, por colaborarem com detalhes ricos à investigação e admitirem culpa no caso, foram enquadrados no esquema de critério de oportunidade pela promotoria paraguaia, que os deixariam livres de qualquer processo judicial no país.
Ronaldinho Gaúcho teve seu passaporte apreendido no dia 2 de novembro de 2018 pela justiça brasileira por uma dívida por uma multa devido a dano ambiental por ter construído um trapichê em uma área de preservação sem permissão em Porto Alegre, no ano de 2015. Durante o processo, eles foram acusados de serem omissos durante o processo e rejeitado todas as intimações durante o caso.
O motivo do uso dos passaportes é desconhecido até o momento, já que por conta de um acordo entre os países da Mercosul, para entrar no Paraguai é necessário apresentar apenas um RG.