Sèbastien Haller realiza ‘sonho impossível’ da Costa do Marfim, campeã da Copa Africana de Nações
Autor do gol do título superou um câncer e ficou afastado dos gramados por seis meses
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A Costa do Marfim venceu a Nigéria por 2 a 1, de virada, e faturou a Copa Africana de Nações atuando em casa. Troost-Ekong abriu o placar para aos 38 do primeiro tempo; Kessié empatou para a seleção marfinense, aos 17 do segundo tempo, e Sèbastien Haller marcou o gol do título aos 36 do segundo tempo.
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O título da Costa do Marfim fica marcado pela concretização de histórias consideradas impossíveis, seja ao nível coletivo ou individual. Isso porque a seleção campeã fez uma péssima fase de grupos, com apenas uma vitória, mesmo atuando em casa. Praticamente eliminada na primeira fase, a federação marfinense optou por demitir o técnico Jean-Louis Gasset, desistindo praticamente de uma classificação ao mata-mata. Emerse Faé foi escolhido o para substituir o antigo treinador.
O que ninguém esperava é que a Costa do Marfim avançaria como uma das melhores terceiras colocadas da competição e, na fase eliminatória, a equipe fez valer o fator casa para derrubar seus adversários um a um.
Outra história de destaque na campanha da Costa do Marfim fica por conta da redenção do autor do gol do título, Sèbastien Haller. O centroavante do Borussia Dortmund superou um câncer nos testículos que o afastou dos gramados por seis meses para a realização de tratamento médico. O jogador já havia decidido a semifinal diante da República Democrática do Congo, que valeu a vaga na final para a sua equipe.
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⚽ COMO FOI A PARTIDA?
A Nigéria começou a partida apostando naquele que era a sua principal virtude até então: a organização defensiva. A Costa do Marfim, que fez um campeonato tão irregular, por ironia do destino fez sua melhor partida justamente na decisão da Copa Africana de Nações.
Quem abriu o placar, no entanto, foi a seleção da Nigéria: após cobrança de escanteio desviada no primeiro pau, Troost-Ekong levou a melhor na disputa aérea e cabeceou com força para colocar sua equipe à frente no placar.
A Costa do Marfim, que já era melhor na partida, manteve o alto volume de jogo, especialmente no segundo tempo, e colocou a Nigéria contra o próprio gol. Sem opções de saída, o time comandado por José Peseiro se contentou em apenas defender o resultado, mas acabou castigado: aos 17 minutos do segundo tempo, Kessié empatou o jogo ao finalizar, de cabeça, escanteio cobrado na segunda trave.
Mesmo com a igualdade no placar, a Costa do Marfim seguiu pressionando a Nigéria. E a persistência foi recompensada com um gol na reta final do jogo: Jean Seri partiu para cima do marcado em jogada pelo lado esquerdo e fez o cruzamento, desviado por Haller, o herói da conquista da Costa do Marfim.
Nos últimos instantes do jogo, a Nigéria ainda tentou recuperar o prejuízo e ensaiou uma pressão para cima da Costa do Marfim, mas não foi o suficiente. Com este resultado, os donos da casa puderam comemorar o seu terceiro título de Copa Africana de Nações na história (as outras conquistas foram em 1992 e 2015).
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