Surpresa na Euro, República Tcheca chega às quartas com base forte em sua liga nacional
Equipes da liga nacional completam a base do time da República Tcheca, com o Slavia Praga despontando como ponto forte para evolução da seleção
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A República Tcheca é uma das grandes surpresas desta Eurocopa, e enfrenta a Dinamarca neste sábado às 13h (de Brasília) nas quartas da competição. Para chegar até tal fase na Euro, um trabalho forte na liga nacional foi levado até a seleção com jogadores e com o treinador.
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Na Eurocopa, a República Tcheca classificou-se na terceira colocação do grupo D com Inglaterra e Croácia, e fez boas partidas em todos os jogos. A vitória por 2 a 0 contra a Escócia foi o ponto inicial, e o empate com a Croácia em 1 a 1 também mostrou uma boa equipe tcheca. No confronto final da fase de grupos, contra a Inglaterra, uma derrota por 1 a 0 ainda contou com uma boa atuação da equipe que saiu sem a vitória.
O destaque da seleção tcheca, sem dúvidas, foi o atacante Patrik Schick, do Bayer Leverkusen. Foram três gols para o jogador apenas na fase de grupos. Contra a Holanda, nas oitavas de final, o goleador apareceu mais uma vez para marcar um dos gols na vitória por 2 a 0.
A eliminação da Holanda, aliás, mostrou a força que a República Tcheca pode mostrar - e está mostrando - nesta Eurocopa. O meio de campo dos tchecos segurou jogadores como de Roon, de Jong e Wijnaldum, destaques do futebol europeu, para conseguir a vitória.
A campanha positiva da República Tcheca, inclusive, lembra os destaques de 1996, quando o país foi vice-campeão da Eurocopa, e de 2004, quando pararam na terceira colocação. Na campanha de 2004, inclusive, os tchecos fizeram o melhor jogo da competição ao baterem a Holanda em uma vitória de virada por 3 a 2.
Ainda que a República Tcheca de hoje não tenha nomes de destaque como o time da campanha de 2004, que contava com Cech, Jankulovski, Rosicky, Nedved e Baros, um nome daquele ano ainda está lá: Jaroslav Silhavy, treinador da seleção que atual que, no época do terceiro lugar, era auxiliar de Karel Brückner.
Silhavy iniciou a sua carreira como treinador em 2007, mas o seu trabalho de maior destaque é com o Slavia Praga. O tcheco chegou à equipe em setembro 2016 e, por lá, fez 58 partidas até dezembro de 2017. A equipe foi campeã nacional na temporada, e o treinador estabeleceu um trabalho a ser repetido, a partir de 2018, na seleção
Hoje, o Slavia Praga é a equipe com mais jogadores na seleção tcheca, com um total de cinco atletas. A equipe, inclusive, venceu as últimas três edições da liga, e estabeleceu-se como um time que disputa até as grandes fases da Liga Europa. Na última edição, o clube caiu nas quartas de final para o Arsenal.
Além do Slavia Praga, equipes como o Sparta Praha, o Slovan Liberec, o Viktoria Pilsen e o Sigma Olomouc também colocam jogadores na seleção. Dos 26 convocados, dez jogam na liga nacional, o que mostra a importância da formação de um campeonato bem nivelado e com uma equipe que disputa competições continentais.
Outros jogadores do elenco também atuam em equipes que, apesar de não encabeçarem o primeiro nível do futebol europeu, atuam nas grandes ligas. O goleiro Vaclík pertence ao Sevilla, o lateral Coufal joga no West Ham, assim como o meio-campista Soucek. Schick, maior destaque da República Tcheca na Euro, rodou por Sampdoria, Roma e RB Leipzig até chegar ao Leverkusen, onde estabeleceu-se como titular nesta temporada.
Como toda surpresa, a República Tcheca empolga e gera expectativa de quem assiste aos seus jogos. Contra a Dinamarca, às 13h (de Brasília) deste sábado, o cenário não será diferente, e resta saber se os tchecos conseguiram ou não a classificação para a semifinal da Eurocopa.
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