Técnico da Guiana, Márcio Máximo foi o primeiro brasileiro a comandar um time no Reino Unido
Treinador brasileiro chegou à Europa em 2003 e iniciou uma relação que seria fortalecida mais tarde por Felipão e outros tantos
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Márcio Máximo deu o pontapé inicial para a chegada de brasileiros no Reino Unido, quando o atual treinador da seleção nacional da Guiana foi contratado para dirigir o Livingston, da Escócia em 2003, pois o seu nome chegou até o Velho Continente por indicação de seus ex-comandados das Ilhas Cayman, que era um time formado majoritariamente por atletas ingleses.
- Foi uma oportunidade única e inesquecível, um período de muito aprendizado pra mim. Na época eles queriam aplicar ideias de futebol sul-americano ao clube, eu vinha de um trabalho bem interessante nas Ilhas Cayman e fui chamado para o cargo - disse Márcio.
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Além dessa experiência no Reino Unido, a carreira do treinador é marcada por já ter trabalhado em quatro continentes diferentes e por ter trabalhado em cinco seleções nacionais, três como treinador (Ilhas Cayman, Tanzânia e Guiana) e duas como assistente (Seleção Brasileira sub-17/20 e Qatar sub-20).
- Praticamente fiz toda minha carreira no exterior, tive passagens curtas aqui no Brasil, mas sempre gostei desse mercado de fora. Independente de trabalhar em clubes ou seleções, busco sempre deixar um legado por onde passo - comentou.
Márcio fez parte da comissão técnica da Seleção Brasileira sub-17 nas eliminatórias do Sul-americano da categoria em 1992, torneio que foi o primeiro de Ronaldo Fenômeno com a Amarelinha. Além de ter trabalhado com o nove do penta, o treinador foi o primeiro a dar oportunidades ao Snodgrass, atacante do West Bromwich, e ao Samatta, astro da seleção da Tanzânia, que disputou a Premier League do ano passado pelo Aston Villa e hoje está no Fenerbahçe.
- Gosto muito de trabalhar com jovens e creio que no futebol, quando um atleta mostra talento e personalidade, a idade se torna só um número. Claro que todas as etapas devem ser respeitadas, mas quando a qualidade está lá, não vejo o porque de não dar as oportunidades - avaliou o técnico.
No comando da seleção da Guiana desde 2019, o treinador foi contratado com o intuito de ajudar no crescimento do esporte no país. Antes de sua chegada, cerca de 78% dos atletas eram estrangeiros e apenas o restante locais.
- Eu não acho possível fazer uma renovação como essa sem baixar a média de idade da equipe, pois o jogador jovem tem mais aspiração. Hoje a nossa média de idade é de 23 anos e na última convocação, praticamente 50% dos nosso atletas eram locais. - finalizou o treinador.
Com três pontos nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo da CONCACAF, a Guiana ocupa a terceira posição do Grupo F e está três pontos atrás de São Cristóvão e Nevis, que lidera a chave. Independente do desfecho das eliminatórias, Márcio já entrou para a história da seleção, pois comandou o país à Copa Ouro, será apenas a segunda participação da Guiana na competição.
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