Francês: veja quem pode ser a ‘pedra no sapato’ do Paris Saint-Germain
Apesar do estrelado elenco que possui, o favorito PSG não terá vida fácil na temporada francesa, que está 'reforçada' por grandes equipes de Lyon, Monaco e Olympique Marseille
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Por conta do poderio financeiro desde sua compra, o Paris Saint-Germain se tornou um dos times mais estrelados do mundo e, por consequência, criou uma relação de hegemonia no futebol francês, conquistando a grande maioria dos torneios domésticos nas últimas temporadas.
Como o futebol é uma ciência inexata, porém, outros clubes da França, mesmo com a presença do "bicho-papão" PSG, também conseguem se preparar com qualidade para a disputa dos torneios. O Monaco, por exemplo, foi o campeão francês na temporada retrasada, enquanto que o Olympique de Marseille foi vice-campeão da Liga Europa na passada, sendo derrotado pelo Atlético de Madrid na grande final.
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Mesmo com a chegada de Thomas Tuchel e do goleiro Buffon e das naturais presenças de Mbappé, Neymar e Cavani, o Paris Saint-Germain não entra em campo com "algo garantido". Nessa temporada, Monaco, Olympique Marseille e Lyon chegam com times fortes e um perfil de contratações fortes o suficientes para surpreenderem o time da capital. O LANCE! detalha as estratégias dos três para tentar bons resultados.
Monaco: aposta no presente e futuro ao mesmo tempo
Outro clube que possui o "dom" de um forte investimento por conta de um presidente rico, o Monaco tem um perfil diferente de contratações em relação ao PSG, que aposta em jogadores que podem fazer uma diferença imediata. No começo, o clube do Principado apostou em aquisições de perfil parecido, com atletas experientes, como Ricardo Carvalho e Eric Abidal.
Com o passar do tempo, o Monaco passou a mudar esse perfil - apesar de algumas altas posições em temporadas na Ligue 1. A "bola da vez" era apostar em jogadores jovens que, ao mesmo tempo, poderiam adicionar qualidade ao time em um curto prazo e evoluir ainda mais em um longo período. O "percussor" disto foi James Rodríguez, que assinou vindo do Porto e uma temporada depois foi vendido ao Real Madrid.
Nesse contexto, outra qualidade do Monaco aparece: a qualidade nas vendas. Como os membros do clube ficam atentos no mercado em jogadores jovens, eles, por consequência, melhoram seu jogo e resultam em vendas com lucros absurdos. Fabinho, Thomas Lemar e Kylian Mbappé - que não entra no perfil de compras, já que foi revelado pelo clube - são exemplos recentes.
Para essa temporada, a situação foi ainda mais intensa. Aleksandr Golovin, um dos melhores meias da última Copa do Mundo, e o lateral-esquerdo Antonio Barreca foram as principais contratações e provavelmente terão um espaço imediato no time titular.
As contratações, porém, não pararam por aí: Jonathan Panzo (17), William Geubbels (16), Sofiane Diop (18), Eliot Matazo (16) Wilson Isidor (17) e Robert Navarro (16) foram os outros negócios feito pela equipe do Principado, que, observando campeonatos de base, contratou os respectivos destaques desses e, explorando um bom trabalho nas categorias de base, vê um presente com expectativa e um futuro ainda mais promissor.
Lyon: trabalho com jogadores locais e forte time titular
Dono da antiga "hegemonia" do futebol francês, na década passada, a principal diferença daquele Lyon para o de hoje é a intensificação do trabalho de base. O "estreante" desse projeto foi o atacante Karim Benzema, atualmente no Real Madrid, e desde então os Gones não pararam de revelar bons jogadores.
Atrelado a isto, está um bom perfil de contratações, que, mesmo com a presença de estrangeiros, possui muitos atletas franceses. Em todas as temporadas recentes, é comum notar jogadores locais no elenco do Lyon, o que acaba sendo uma das características de um dos clubes mais tradicionais do país.
Apesar de um mercado abaixo da média se comparado com outros clubes, o treinador Bruno Genésio tem em suas mãos uma grande base, que foi reforçada pela permanência de Nabil Fékir, grande estrela do clube. O setor de meio-campo, aliás, é o que leva maior destaque, com as presenças de Lucas Tousart, Tanguy Ndombele e Houssem Aouar. Juntos, ambos formam um trio de centrais completos.
Desde o fim da temporada passada, o treinador francês montou um esquema com esses três jogadores de meio, justamente porque eles conseguem fazer com que Fékir e os dois atacantes - dentre as opções de Mariano Diaz, Bertrand Traoré e Memphis Depay - rendam ainda mais. Em números, quatro jogadores do Lyon marcaram, pelo menos, 18 gols na última temporada, o que a prova de um grande poderio ofensivo.
Apesar da contínua busca por um zagueiro na atual janela de transferências, o time titular dos Gones, que possui uma defesa sólida - principalmente nas laterais -, um meio-campo completo e um ataque letal pode ser uma grande dor de cabeça e ameaçar o Paris Saint-Germain.
Olympique Marseille: base mantida e promessa de voos maiores
Uma das principais surpresas da última temporada na Europa, o Olympique Marseille fecha a lista das possíveis surpresas na temporada francesa. Credenciados pelo vice-campeonato da Liga Europa, mas fora da Champions League, já que terminaram a última Ligue 1 na quarta posição, a equipe almeja lugares ainda maiores nesta temporada.
Para isso, a principal esperança dos comandados de Rudi Garcia são o meia Dimitri Payet e o ponta-direita Florian Thauvin. Juntos, os dois contribuíram para incríveis 36 gols e 42 assistências na última temporada, sendo, por consequência, dois dos melhores jogadores da Ligue 1.
Apesar da derrota por 3 a 0 para o Atlético de Madrid na final, a campanha do na última Europa League foi impressionante, já que a equipe deixou Zenit, Athletic Bilbao, RB Leipzig e Red Bull Salzburg pelo caminho. A competição provou que a equipe de Marselha está pronta para torneios intensos e que são marcados pela dificuldade, o que pode ser crucial nos torneios domésticos.
Baseado em um 4-2-3-1, o Olympique Marseille tem seu estilo de jogo definido em jogadas de velocidade - principalmente pelos lados de campo -, com uma criação rápida e que passa muito pelos três jogadores que ficam atrás do atacante, que são, geralmente, Thauvin, Payet e Lucas Ocampos. É uma equipe letal e muito vertical.
A prioridade na janela foi ser direto e eficaz. Com isso, a única chegada até aqui é a do zagueiro Duje Caleta-Car, vice-campeão mundial com a Croácia, que assinou após fazer parte da memorável temporada do Red Bull Salzburg, o que é reforço para ser o parceiro de Adil Rami e melhorar a posição ocupada pelo português Rolando, que não vive o auge técnico de sua carreira.
*Sob supervisão de Aigor Ojêda
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