‘Vidal tinha fraqueza para bebida, ia treinar ‘alegre’. Mas nunca falhou’, diz Chiellini em sua biografia
Jogador de 35 anos revela episódios nos quais o chileno teve problemas com alcoolismo, mas destaca que empenho nunca faltou ao jogador em seu período na Juve
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A biografia lançada por Chielini continua a trazer um emaranhado de polêmicas. Em um dos trechos, o capitão da Juventus direciona suas atenções para Arturo Vidal que, segundo ele, tem "o álcool como fraqueza".
- O Vidal, por vezes saía e bebia além da conta, a gente sabia disso. Pode-se dizer que o álcool era a sua fraqueza. Mas isso não define se é um campeão ou o tipo de pessoa que é. As fraquezas fazem parte da natureza humana, o importante aqui são as consequências que elas podem ter numa equipe - declarou.
Em seguida, o jogador de 35 anos falou como era o dia a dia com o chileno.
- O grande Arturo não aparecia para treinar algumas vezes ou então, quando aparecia, digamos que vinha "alegre" - e, em seguida, valoriza seu companheiro:
- Mas ele nunca falhou. Pelo contrário, penso que em algumas ocasiões há certas formas de ser que podem tornar você mais forte - complementou.
Contudo, Chielini contou que, na temporada de 2015 (última na qual atuaram juntos na Juve), os problemas de Vidal com a diretoria ficaram mais acentuados.
- Os seus níveis de desempenho caíram e o (Luciano) Moggi (ex-dirigente da Juve) disse a ele: "Por favor, fica à noite em casa, volta aos velhos tempos". O Vidal era assim.Também me lembro de uma viagem de pré-temporada nos Estados Unidos. Estávamos em Miami na noite da véspera do nosso último treino, na manhã seguinte ninguém sabia dele. Estava na cama e teve de ser arrastado... - disse.
O zagueiro ainda contou sobre um momento no qual Vidal se superou para mostrar ao então técnico Antonio Conte que tinha forças para seguir no clube.
- Experimentamos o nosso novo uniforme de treino, estávamos vestidos de preto, com um calor de 40 graus. O Conte estava ansioso para tirar o Arturo e determinado a fazer dele um exemplo. Mas o Arturo, que ainda parecia estar bêbado e não conseguia sequer ver a bola passar, acabou correndo como um louco e ganhou de todos nós por uns 20 metros... O que podemos dizer de uma pessoa que, entre outras coisas, traz alegria à equipe, que motiva os companheiros, que é um lutador e um grande campeão? - disse Chiellini.
O defensor ainda é taxativo.
- O futebolista não é nem um demônio nem um santo. A distinção que pode ser feita não é essa, é entre quem é verdadeiro e quem é falso - acredita.
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