Vini Jr. se pronuncia após caso de racismo e sentencia: ‘Não vou parar de bailar’
Atacante rebate fala de empresário que afirmou que jogador tinha que 'deixar de fazer macaquice' e cita que outros atletas fazem danças para comemorar gols
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Um dia após ser vítima de racismo na imprensa espanhola, o atacante Vini Jr. se pronunciou sobre o ocorrido. Em um vídeo postado nas redes sociais, o jogador do Real Madrid foi direto: condenou as falas, prometeu que seguirá "bailando", de cabeça erguida, e deu seu recado.
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O camisa 20 merengue relembrou que tem projetos sociais que ajudam a comunidade onde nasceu, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e afirmou que "a felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito".
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Vini Jr. falou ainda sobre suas danças, que foram criticadas pelo volante Koke, do Atlético de Madrid, e citou que outros atletas também comemoram com irreverência. Nominalmente, o ex-Flamengo lembrou os casos de Matheus Cunha, Griezmann e João Félix, que jogam nos Colchoneros.
Por último, o jovem de 22 anos, que atua também pela Seleção Brasileira, exclamou que continuará com sua alegria e que não irá parar de bailar.
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✊🏿🖤! Obrigado pelo apoio! Eu não vou parar! #BailaViniJr pic.twitter.com/h3RsmwYAYw
— Vini Jr. (@vinijr) September 16, 2022
VEJA NA ÍNTEGRA A FALA DE VINI JR.
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra. Tenho essa frase tatuada no corpo. E tenho atitudes na minha vida que transformam essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, o meu sorriso são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração, mas nada disso começou ontem.
Há semanas, começaram a criminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas; são do Ronaldinho, do Neymar, do (Lucas) Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar.
Não costumo vir publicamente rebater críticas. Sou atacado e não falo. Sou elogiado e também não falo. Eu trabalho e muito, dentro e fora de campo. Desenvolvi um aplicativo para auxiliar a educação das crianças de escolas públicas sem ajuda financeira de ninguém. Eu estou fazendo a escola com meu nome e farei muito mais pela educação. Quero que as próximas gerações estejam preparadas como eu estou para combater racistas e xenofóbicos. Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão. Mas isso não dá clique. Não engaja em rede social. Então os covardes inventam algum problema para me atacar. E o roteiro sempre termina com um pedido de desculpa ou um 'fui mal interpretado'. Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no Sambódromo, no (Santiago) Bernabéu ou onde eu quiser.
Com carinho e sorriso, de quem é muito feliz, Vini Jr."
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