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Abel campeão, mas onde? Pela 1ª vez, treinadores campeões em SP e Rio no mesmo ano têm nomes iguais

Português Ferreira e carioca Braga conquistaram os estaduais mais importantes do Brasil

Montagem - Abel Ferreira e Abel Braga
Idade e nacionalidades diferentes, mas vencedores (Fotos: Alex Silva / LANCEPRESS!; Mailson Santana / Fluminense)

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'Abel campeão estadual'. Pela primeira vez na história dos campeonatos Paulista e Carioca, a frase exigirá complemento de quem a dizer em voz alta após o português Ferreira levar o Palmeiras ao título em São Paulo e o carioca Braga faturar o troféu com o Fluminense no Rio de Janeiro.

Isso porque, os estaduais de 2022 reservaram um fato inusitado. É a primeira temporada onde os técnicos dos campeões paulista e carioca têm o mesmo nome.

Estatística daquelas que soam inúteis, mas revelam a natureza vencedora de ambos, cada um a seu tempo, cada um à sua maneira, cada um com sua trajetória.

Ao todo, 7.988 quilômetros separam os Abels entre locais de nascimento e 9.608 dias entre suas datas de nascimento. Em 1978, quando o português nascia em Penafiel, o carioca, então zagueiro do Vasco da Gama (clube de origem portuguesa, veja só),  já tinha disputado a Copa do Mundo pela Seleção Brasileira naquele ano. O nome teria sido uma inspiração? Nunca saberemos...

Quando Ferreira nasceu, Braga já ostentava quatro títulos cariocas na carreira como jogador, sendo três pelo próprio Flu (1971, 1973 e 1975) e um pelo Vascão (1977).

Antes de Ferreira iniciar sua carreira como jogador profissional em 1997, como lateral-direito do Penafiel, sua cidade natal, Braga já havia atuado como treinador em terras portuguesas. Passara pelo Rio Ave na temporada 1985-86, pelo Famalicão (entre 1989 e 1991), Belenenses (1991 a 1994) e Vitória de Setúbal (1994-95).

Ponto de desvantagem para o carioca, que não conquistou troféus na Terrinha, enquanto o homônimo já acumula cinco conquistas: duas Copas Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e agora o Paulistão.

Se por enquanto Abel, o Ferreira, treinou apenas o Palmeiras no Brasil, Abel, o Braga, comandou apenas a Ponte Preta no futebol paulista, o que faz com que o campeonato de São Paulo seja um dos poucos a não serem ostentados em seu currículo. No Rio, contudo, o ex-zagueiro soma cinco títulos também no banco de reservas, três de novo no Flu (2005, 2012 e 2022) e dois no rival Flamengo (2004 e 2019). Ao todo, contudo, são dez estaduais, contando também Pernambucano, Paranaense e Gaúcho.

O Braga também tem currículo internacional como o xará lusitano. Ganhou a Copa Libertadores em 2006 pelo Internacional. E no final do ano conquistou o sonhado Mundial de Clubes, título ainda inédito para o português.

No tira-teima direto entre os dois, no único confronto entre ambos, o carioca levou a melhor. No dia 19 de dezembro de 2020, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, o Inter bateu o Verdão por 2 a 0, gols de Edenílson e Yuri Alberto.

Experiência que Braga diz guardar com muito carinho. Em entrevista ao Sportv em abril do ano seguinte, destacou o caráter e conhecimento do xará.

- Após o jogo entre Inter e Palmeiras, no Beira-Rio, eu tinha acabado de fazer a conferência de imprensa, estou indo para o vestiário, e está saindo do vestiário dele o Abel Ferreira. Eu conversei com ele por dez minutos. Eu simplesmente me encantei. A maneira de interpretar como foi o jogo, o que ele falou que nós tivemos de muito forte, o que eles tiveram de mais fraco.

O carioca também se mostrou, naquela época, incomodado com as críticas que o português recebeu (e recebe) no Verdão.

- É muito bom esse contato (com estrangeiros), então acho que a gente precisa ter um pouco mais de respeito. Um pouco mais de carinho com os caras. Parece que começaram a julgar o meu xará de uma maneira totalmente adversa, contra aquilo que me mostrou em 10 minutos. Abel Ferreira, além de ótimo treinador, é um caráter excepcional. Eu estava engasgado com isso, porque é um cara que merece. Ganhou uma Libertadores, uma Copa do Brasil, e daqui a pouco ele é julgado por sistemas táticos. Esses anos todos, nenhum repórter na Europa pergunta ao treinador porque ele usou três centrais, porque isso simplesmente não interessa. Quem sabe disso é o treinador, cara, que está no dia a dia.

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