Alerj autoriza e ‘Comissão das Torcidas Organizadas’ é criada
Presidido por Bruno Dauaire (PSC), grupo de deputados quer desenvolver estatuto de segurança e discutir retorno das torcidas organizadas aos estádios do Rio de Janeiro<br>
As organizadas de clubes cariocas banidas dos estádios ganharão um apoio de peso para retornarem às arquibancadas. A Assembleia Legislativa terá uma comissão de representação para desenvolver estudos, fiscalizar e elaborar um estatuto que disponha sobre a política de segurança das torcidas no Rio de Janeiro. De iniciativa do deputado Bruno Dauaire (PSC), o requerimento de criação do grupo contou com apoio de 41 dos 70 parlamentares da Alerj - número que já autoriza a instalação, sem a necessidade de passar por votação em plenário.
O documento foi protocolado nesta terça-feira e, agora, aguarda publicação no Diário Oficial. Presidente da comissão, Bruno Dauaire buscará que a instalação ocorra antes da semifinal da Libertadores entre Flamengo e Grêmio, partida da volta, a ser realizada no dia 23 de outubro, no Maracanã - cabe lembrar que a Raça Rubro-Negra e a Torcida Jovem estão afastadas dos estádios, por exemplo.
A proposta é tentar já negociar benefícios aos torcedores que têm ingresso para o jogo do torneio continental.
- Vimos que o banimento das organizadas dos estádios não reduziu a violência entre torcedores. O Estado precisa discutir formas corretas de solucionar a questão do retorno das torcidas, promovendo segurança para que isso ocorra em paz. Vamos começar articulando para que, neste jogo, mesmo sem a camisa, torcedores de organizadas que já compraram o ingresso possam, pelo menos, levar faixa e a bateria - adiantou Dauaire.
O principal objetivo da comissão é levar as organizadas de volta aos estádios e trabalhar pela implementação de políticas de segurança e controle, com equipamentos de biometria e identificação facial. Dauaire já esteve com o governador Wilson Witzel (PSC) para pedir cooperação técnica, com compartilhamento do banco de dados do Detran-RJ para implementar o sistema de cadastro biométrico das torcidas.
- Queremos contar com o apoio do governo do estado, do Bepe (Batalhão de Policiamento em Estádios), do promotor Rodrigo Terra, do Mistério Público e do Juizado do Torcedor para que as organizadas possam frequentar os estádios de forma controlada para evitar distúrbios. O ideal é ter mecanismo de identificar criminosos, inibindo a ação deles no meio de torcedores - afirmou o deputado.
Além de se reunir com o governador para tratar do tema, já houve, através do parlamentar, reunião, na Alerj, com representantes de organizadas para discutir a criação de um marco regulatório e buscar meios para que a punição ocorra a pessoas físicas, e não à jurídica das organizadas.
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