Alerj defende a reabertura de setores populares no Maracanã
Audiência pública aconteceu nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e contou com a participação de representantes dos principais clubes da cidade
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Em audiência pública conjunta das comissões de Esporte e Lazer, Obras Públicas e Política Urbana da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desta quinta-feira, todos os presentes defenderam a reabertura de setores populares do Maracanã. Durante o encontro, foi debatido o projeto de lei 4.260/18, de autoria dos deputados André Ceciliano e Zeidan Lula (ambos do PT), que autoriza obras no estádio para a criação destes setores.
- Atualmente o Maracanã virou um estádio elitizado, onde o povo não tem vez. A volta da geral seria um resgate da cultura carioca. Os Geraldinos, como eram chamados os frequentadores da geral, eram os mais calorosos e assíduos torcedores - comentou Zeidan, presidente da comissão de Política Urbana.
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Recriar a geral do Maracanã, entretanto, seria uma obra grandiosa, segundo o coronel Rodrigo Fernandes Polito, do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Ele citou que teriam que ocorrer mudanças estruturais, como a ampliação de corredores, aumento dos números de banheiros e bares, além de instalação de barreiras anti-esmagamento.
- Há um consenso em popularizar o Maracanã. Mas todo tipo de intervenção tem que ser muito bem pensada. Hoje o Maracanã é um dos estádios mais confortáveis e seguros do mundo - disse o coronel.
O diretor do Fluminense Fernando Augusto de Simone, assim como o gerente de Operações de Estádios do Flamengo, Severiano Braga, afirmaram ser favoráveis a volta de setores populares no estádio. Os dirigentes do Tricolor e do Rubro-Negro, entretanto, defenderam uma avaliação mais criteriosa deste projeto antes de definições serem estabelecidas.
- Um jogo de futebol é muito caro, hoje temos mais de cem fornecedores para que uma partida possa acontecer. São outros tempos. Na época da geral, grande parte dos custos eram assumidos pelo governo, hoje foram repassados aos clubes, o que é justo - afirmou Fernando, sendo completado por Severiano:
- O Flamengo já consultou os bombeiros sobre a volta da geral, mas sabe que existem limitações técnicas. Além disso fica a pergunta: Por quanto tempo o estádio ficaria fechado e quem vai pagar esta conta?.
Também falaram o vice-presidente da Comissão de Obras Públicas, deputado Max Lemos (MDB), e o presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Casa, deputado Léo Vieira (PRTB).
- Vou votar favorável à proposta e acho fundamental trazer o poder público para esse debate. A vontade do povo precisa ser ouvida, o Maracanã tem que voltar a ser a casa do povo - afirmou Max.
- Dessa vez vamos querer ouvir a Federação Internacional de Futebol, Confederação Brasileira de Futebol e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. É importante a participação de todas essas entidades nessa discussão - finalizou Léo.
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