Andrés Sanchez usou sua participação nesta segunda-feira no Congresso Brasileiro de Direito Desportivo, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na Universidade de São Paulo, para questionar a limitação de inscrições no Campeonato Paulista. Mas acabou sendo corrigido por Mauro Silva, ex-volante que está trabalhando na Federação Paulista de Futebol, que apoia o evento no qual o candidato à presidência do Corinthians foi convidado.
- No Paulista, você só pode inscrever 26 atletas e cinco da base. Todo elenco tem 35 atletas, e já começa o ano assim. Se tudo der certo, se Deus quiser, no ano que vem, vai ter que mudar - prometeu Andrés, deixando clara que faria pressões por mudança caso seja eleito presidente do Corinthians, mas logo foi corrigido por Mauro Silva, vice-presidente de Integração com Atletas da FPF.
O ex-volante ressaltou que, no Paulistão de 2018, haverá uma lista de inscrição com 26 jogadores e outra, chamada de lista B, sem limitações de número de inscritos e na qual podem ser registrados atletas da base do clube que tenham entre 16 e 21 anos, 12 meses de registro profissional. Mauro Silva ainda ressaltou que o Corinthians já tem em seu elenco 14 jogadores que podem entrar nessa lista B, recebendo um sinal de positivo com o polegar de Andrés Sanchez.
- O ideal é, primeiro, entender a regra. Quando comentei que, no Corinthians, 17 de 34 jogadores do elenco são da base e 14 entram no critério, ele mudou a avaliação. Mas está tudo bem. Recebemos todos nos congressos para ouvir opiniões diversas, divergências são saudáveis para um regulamento melhor. Só temos de equilibrar os interesses, sem perder para lado nenhum, só para o futebol - disse Mauro Silva.
Ainda durante sua participação no congresso, porém, Andrés Sanchez manteve críticas ao Campeonato Paulista. Afirmou que os times são pressionados a escalar seus principais jogadores por conta da audiência de quem está transmitindo a competição.
- O Brasil é hipócrita. Se você poupa cinco jogadores, a televisão reclama porque falta audiência. Na Europa, é planejamento. Aqui, é sacanagem - esbravejou Andrés, sem receber resposta de Mauro Silva a respeito dessa pressão da televisão.
- Nem participo desse tipo de negociação. Nossa mudança no regulamento de inscrições é pela saúde financeira dos clubes e uso da base. Lá fora, funciona dessa forma. Limitar número de inscritos ajuda na gestão. Na Europa, muitos técnicos pensam que o ideal é ter o elenco com 23 jogadores. Ter 35 jogadores pode ser bom para o mercado, mas não para o clube, que acaba se endividando - analisou o ex-volante.