Ao L!, Tamires celebra equilíbrio no BR Feminino e exalta ascensão do esporte: ‘A gente veio para ficar’
Lateral do Corinthians esteve na NBA House nesta semana e conversou com o LANCE! sobre o crescimento da modalidade, o desenvolvimento da base e sua imagem como ícone
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O futebol feminino brasileiro tem vivido talvez a sua melhor fase em toda a história da modalidade, com marcas apoiando o esporte, campeonato fortalecido e personagens de relevância, com a lateral Tamires, jogadora do Corinthians e da Seleção Brasileira, que não apenas se tornou uma referência no país, mas também mundialmente como embaixadora global da Gatorade.
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Na última segunda-feira, Tamires esteve na NBA House, em São Paulo, a convite da marca de isotônicos, para assistir ao Jogo 5 das finais da liga de basquete entre Golden State Warriors e Boston Celtics, e conversou com exclusividade com o LANCE!.
Entre outros assuntos, a atleta falou de sua importância como ícone do esporte, da competitividade do Brasileirão Feminino em 2022, do crescimento notório da modalidade no país e de como anda o desenvolvimento da base para as futuras gerações.
Confira a entrevista completa com a lateral Tamires, do Corinthians:
Qual é a sua ligação com o basquete e como tem sido viver essa experiência em um universo de outro esporte?
Eu sempre adorei o basquete, sempre acompanhei as finais da NBA, sou fã do Golden State Warriors, meu filho também adora basquete, eu jogava basquete na minha infância, pela altura já se via que não daria muito certo (risos). Meu esporte sempre foi o futebol, mas eu sempre fui uma pessoa que gostou de todos os esportes e que hoje está tendo a oportunidade de viver isso aqui, de conhecer um pouco dessa realidade. Geralmente eu ia em estádio, acompanhando o futebol, e hoje tenho essa oportunidade de ver tantas pessoas que gostam, que acompanham o basquete, para mim tem sido uma experiência muito nova e muito marcante.
Como tem visto o crescimento do futebol feminino no Brasil e qual é a importância desse movimento para as gerações futuras?
Acho que o futebol feminino tem galgado e construído o seu próprio caminho, um caminho sólido que a gente tem construído, muitas mulheres ralaram muito para a gente conseguir essa visibilidade hoje. O futebol feminino é muito recente, o primeiro mundial foi em 1991, o masculino desde 1930, mas a gente acredita muito na nossa modalidade, a gente veio para ficar e o que a gente tem conseguido não tem sido só para a gente, mas também para as próximas gerações que estão vindo.
O Campeonato Brasileiro está bem disputado neste ano, com o Corinthians, que vem de uma hegemonia, tendo mais dificuldades na competição. Isso é um sinal da evolução do futebol feminino no país?
Com certeza, eu sempre falei que o futebol feminino no Brasil é um dos mais equilibrados em comparação com muitas ligas que eu já vi. Você vê na França, tem dois que você sabe que podem ser campeões: Lyon ou PSG, na Alemanha ou é Bayern ou é Wolfsburg, aqui no Brasil você tem de cinco a seis times com chances de ser campeão e isso tem se tornado cada vez melhor e mais competitivo ano após ano. Acho que a gente tem vivido o campeonato mais competitivo de todos esses anos, e eu fico muito feliz de estar representando uma camisa tão grande quanto a do Corinthians
Mesmo defendendo o Corinthians, você fica feliz pelo crescimento dos outros times? O quanto isso te motiva?
É claro que a gente vai buscar mais títulos, buscar ser referência não só no Brasil. Eu sou uma apaixonada pelo futebol feminino, então ver toda essa competição, a gente como atleta também se motiva a entrar em um jogo competitivo, difícil, que eleva nosso nível de concentração, e o futebol é isso, hoje a gente ganha, amanhã talvez a gente perca, o importante é a gente fazer o nosso trabalho com muita dedicação, muita honra, a todo momento. Eu acho que é isso que vale e eu fico muito muito feliz de ver toda essa ascensão que nós estamos tendo aqui no Brasil.
Como você tem visto a renovação do futebol feminino?
Eu sempre achei o nosso futebol feminino muito forte, não só no profissional, mas na base também. Acho que hoje a gente tem dado mais oportunidades para essas meninas mostrarem o futebol delas seja no sub-17 do Corinthians, seja no Meninas em Campo, no Centro Olímpico, então as meninas estão tendo mais oportunidades. Talvez, infelizmente, ainda as oportunidades acabam sendo mais setorizadas no Sudeste, e não tanto no Brasil inteiro, não chegamos a esse nível.
Como estão, na sua opinião, as categorias de base dos clubes?
Eu vejo que a gente tem evoluído muito do que era a minha época e do que é agora, é surreal a mudança que teve, muito significativa e eu vejo com muito bons olhos todo esse planejamento que os clubes estão fazendo não apenas pensando no profissional, mas no sub-20, no sub-17 e até no sub-15. O Corinthians já tem todo esse planejamento e eu acho que é isso que vai fazer com que a gente diminua cada vez mais essa diferença que existe para as outras equipes do futebol mundial.
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