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TJ-MG atualiza pena de Bruno, e goleiro só poderá sair em 2019

Goleiro, que voltou à cadeia em Varginha desde abril, não consegue progressão de pena para voltar ao futebol neste ano. Previsão inicial é de volta a partir de 11 de abril de 2019

O goleiro Bruno ainda estava preso e com uma longa pena a ser cumprida. Ninguém imaginava que ele voltaria ao futebol
imagem cameraAtualização de pena se refere ao período em que Bruno trabalhou e estudou (Reprodução)
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Lance!
Varginha (MG)
Dia 09/06/2017
14:26

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A expectativa de Bruno em voltar ao futebol foi frustrada na quinta-feira. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) atualizou o atestado de pena do goleiro, dando margem para que ele peça progressão de pena para o regime semiaberto, inicialmente, a partir de 11 de março de 2019.

Os advogados de defesa de Bruno Fernandes das Dores de Souza chegaram a protocolar um pedido para que ele saísse da cadeia ainda neste ano, e retornasse à meta do Boa Esporte. Segundo informações de 'O Tempo", mesmo com o goleiro detido, o clube de Varginha não havia rescindido seu contrato.

De acordo com a assessoria do tribunal, a atualização é referente à remissão de pena de Bruno por 162 dias (144 por ter trabalhado enquanto estava peso e 18 por estudar). Ao "G1", o juiz Oilson Hoffman, da 1ª Vara Criminal de Varginha, informou que outros fatores ainda serão avaliados e têm condições de afetar o tempo da pena, como o goleiro estudar ou trabalhar enquanto está atrás das grades.

Bruno cumpre sua pena em Varginha desde o fim de abril de 2017. O fato de seguir com residência no município garantiria ao goleiro a possibilidade de, em uma eventual progressão de pequena, trabalhar ou de dormir em casa mesmo estando em um regime semiaberto. A cidade não tem uma Apac ((Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) e, com isto, há margem para que os detentos sigam na progressão de pena em regime semiaberto.

ENTENDA O CASO

Preso desde 7 de julho de 2010, sob acusação de de envolvimento no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, Bruno foi julgado em 8 de março de 2013. O goleiro recebeu a pena de 22 anos e três meses de prisão por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo. Além disto, foi configurado sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade. 

Mesmo sendo condenado, Bruno estava preso enquanto aguardava o julgamento do recurso da defesa ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Porém, em fevereiro de 2017, o ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, determinou sua soltura.

Após deixar a cadeia, o goleiro foi contratado pelo Boa Esporte, em acerto que rendeu a fuga de patrocinadores do clube. Sua trajetória durou cinco partidas no Hexagonal Final do Módulo II do Campeonato Mineiro. Porém, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal a revogação do habeas corpus. 

O STF, por três votos a um, exigiu que Bruno voltasse imediatamente para a cadeia. Atualmente, ele cumpre pena em Varginha, conforme autorizado pelo TJ-MG.

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