Bruno foi surpreendido por decisão de sua soltura, conta advogado
Lúcio Adolfo afirma que goleiro 'ficou com os olhos cheios de água' ao saber que poderia sair da cadeia. Advogado evita falar sobre planos de Bruno após deixar a prisão
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A surpresa e a emoção marcaram o momento em que Bruno soube que poderia sair da cadeia. Em entrevista nesta sexta-feira ao "G1", o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, revelou que o goleiro não poupou lágrimas ao ficar a par da liberação determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF):
- Ele não esperava. Ficou com os olhos cheios d’água.
O advogado afirmou que Bruno já está de malas prontas para deixar a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia (MG), onde está detido. A dentista Ingrid Calheiros, mulher do goleiro, está em Belo Horizonte para se encontrar com o marido.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou que recebeu a notificação da decisão de liberar Bruno e depende da Vara de Execuções Penais de Santa Luzia para dar o aval sobre a soltura. A expectativa do advogado é de que a liberação ocorra ainda nesta sexta-feira.
O advogado não adiantou onde Bruno fixará residência. Segundo decisão do STF, o goleiro terá de informar à Justiça sobre o local onde morará, além de ser obrigado a atender às convocações que forem feitas. Bruno também precisará comunicar eventual transferência e adotar "a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."
Em relação aos planos de Bruno após a saída da cadeia, Lúcio Adolfo foi reticente:
- Os planos do Bruno na sua vida particular, apesar de conhecê-los, eu não tenho liberdade, não me sinto com calma para decrevê-los. Trata-se de um problema da vida privada dos dois. Eu posso antecipar que um período eles terão que ficar aqui, certamente, para se justificar diante do juiz, de onde vão morar, qual é a atividade profissional.
Bruno foi condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. O goleiro aguarda o julgamento da apelação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Aos olhos do ministro do STF, há excesso no prazo dessa prisão, e ele tem direito de aguardar ao processo em liberdade.
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