Chefe da arbitragem e presidente da CBF admitem problemas e ‘erros inaceitáveis’ na arbitragem
Representantes da entidade reconheceram momento difícil dos homens do apito em encontro com dirigentes de clubes, no Rio de Janeiro (RJ)
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o chefe da arbitragem brasileira, Wilson Luiz Seneme, admitiram problemas e erros ocorridos em partidas do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil durante reunião com representantes de clubes na manhã desta terça-feira (26), na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ).
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Seneme foi o mais enfático sobre o trabalho da arbitragem. Classificou os erros como 'inaceitáveis'. E usou o seu período à frente da mesma comissão na Conmebol para sua avaliação.
- Ocorreram erros absurdos, sim. Muitos ocorrem. Inclusive, são inaceitáveis para vocês, para nós e para o futebol. Na Conmebol, esse período serviu como um divisor de águas. Essa reunião nossa aqui eu espero e tenho como objetivo que seja um divisor de águas também para a arbitragem brasileira. Os equívocos que ocorreram no primeiro turno, uns são de interpretação, que, com os árbitros afastados ou não, podem ocorrer. Outros são inaceitáveis e têm que servir como divisor de águas.
Rodrigues endossou o discurso se seu subordinado e também ressaltou que está insatisfeito com o rendimento dos árbitros.
- Eu acompanho jogos, das Séries A, B, C e D. Eu assisto futebol, acompanhando tudo em todos os detalhes. Não são só vocês (dirigentes de clubes) que cobram da Comissão de Arbitragem, que cobram o Seneme. Eu também cobro. Existem situações em que eu digo ‘E o VAR, Seneme? Interferiu ali quando não podia’. Ele responde, às vezes dizendo as questões, às vezes ele próprio até indignado. Às vezes também o VAR entra em questões em que poderia entrar e não acontece.
O encontro entre o mandatário da entidade máxima do futebol e os clubes foi agendado após pressão principalmente da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, insatisfeita com a eliminação para o rival São Paulo nas oitavas de final da Copa do Brasil.
- Se há críticas, é porque há erros que realmente aconteceram e acontecem, mas deixando também claro que não existe nesses equívocos nenhuma premeditação e nenhuma parcialidade para o trato com a arbitragem. Também sou crítico daquilo que não anda bem. Nós somos prestadores de serviço, e, como prestadores de serviços para o futebol brasileiro, nós temos que fazer uma entrega. Fazer uma entrega demanda muita dedicação, muito desprendimento, muito trabalho, muitas cobranças. E temos que também cobrar.
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