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Com Pelé como embaixador, Ferj faz festa para o início do Carioca

Na solenidade, foi apresentada a nova parceira da Federação. Trata-se da Esportecom, que vai gerir o Estadual do Rio por quatro anos

Festa de abertura do Carioca
imagem cameraAbertura do Carioca (Alexandre Araújo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 15/01/2018
13:57
Atualizado em 15/01/2018
14:12

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Com a presença ilustre de Pelé, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) apresentou o Campeonato Carioca da temporada 2018, em evento na Barra da Tijuca, na manhã desta segunda-feira. O Rei do futebol esteve na solenidade cumprindo o papel de embaixador da competição. Recuperando-se de cirurgias nas penas, quadril e coluna, ele entrou no palco com um andador e brincou com a situação:

- Antes de entrar, houve a dúvida se eu entraria com andador. Eu falei: "Se Deus me deu uma chuteira nova, por que não mostrar?" (risos). Quero agradecer por estar com saúde para estar aqui e também todas as mensagens de carinho que recebi de diversos cantos do Brasil e do mundo. Neste últimos dois anos e meio, fiz uma cirurgia no joelho, coluna... É uma honra e satisfação estar aqui no Rio de Janeiro. Muitos não sabem, mas minha carreira começou aqui no Rio, com 15 anos, em um combinado Santos e Vasco - recordou.

Na festa, foi apresentada também a nova parceria da Ferj com a Esportecom, que assinou um contrato de quatro anos para gerir o Campeonato Carioca.

O presidente da Ferj, Rubens Lopes, comentou sobre o número de clubes participantes do Carioca e afirmou que esse não é o problema, mas que se deve ter foco na fórmula da competição.

- O problema não é diminuir (o número de clubes participantes). O campeonato já tem, na fase principal, 12 clubes. Pensamos em diminuir, mas, qualquer hora dessa, vai ter um. O problema não é o número de clubes, mas a forma que esse campeonato é jogado. Copa do Brasil aumentou para 84 clubes, Fifa aumentando o número de participantes da Copa do Mundo... Cada competição quer ter cada vez mais participantes, mas claro respeitando a parte técnica e comercial - disse.

Ao ser questionado sobre as reclamações de América e Goytacaz, que celebraram o acesso à elite do futebol carioca, mas acabaram não conseguindo se classificar para a fase principal e vão disputar o Grupo X do Estadual, o mandatário lembrou que isso acontece também em outras competições.

- Tem time que vai disputar a pré-Libertadores e vão dizer: "Poxa, jogamos tanto para conseguir uma vaga e podemos ser eliminados logo no primeiro confronto". Distorção existe e, lamentavelmente, as pessoas apresentam as argumentações favoráveis para si após o fato ter acontecido. Faz parte. Foi um mecanismo que todos utilizaram para que não houvesse o rebaixamento de seis clubes. Houve uma ação para contemplar todos. Se houvesse a queda de seis clubes, seria mais difícil de voltar - afirmou Lopes.

Rubens Lopes apontou ainda dois fatores para explicar o fato de o Carioca ter tido pouca procura. O presidente da Ferj apontou a violência e a questão financeira como pontos que têm afastado os torcedores da arquibancada:

- Em termos de visibilidade e audiência, aumentou muito. Agora, existem muitos fatores que influenciam na vontade de torcedor de chegar até o estádio. Vivemos um momento complicado no Estado. Há a violência e a questão financeira que acho que estão acima da questão técnica e do interesse. Problema não é dentro do estádio, é no trajeto de ida e volta. Queira ou não queira, isso afeta. Mas há o interesse.

Uma das mudanças realizadas no Carioca deste ano é um peso maior, em relação à última temporada, para a Taça Guanabara e Taça Rio. O time vencedor de cada turno, garante vaga no quadrangular final e tendo a vantagem do empate nas semifinais. No caso de a mesma equipe conquistar as duas taças, o Estadual será decidido em um jogo único. Isso porque, os quatro times que fizerem as melhores campanhas - excluindo o que já venceu a Taça Guanabara e Taça Rio - farão um quadrangular com semifinal e final para, que daí, uma equipe se classifique para a decisão.

Além disso, há também uma alteração no andar dos jogos. Agora, os times vão poder realizar cinco substituições durante a partida e levar 12 jogadores para serem utilizados no decorrer dos confrontos. Porém, esse número de atletas à disposição dos técnicos dependerá da capacidade dos bancos de reservas de cada estádio. Nos locais onde os bancos de reservas só suportam sete jogadores, as equipes só poderão relacionar sete, mas podendo ainda realizar as cinco substituições.

O árbitro de vídeo existirá, mas sem interferência nas partidas. Segundo Jorge Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem, este ano será utilizado para um estudo do sistema e como usá-lo da melhor forma para, a partir daí, poder colocar em prática. Ele ainda lembrou a questão financeira do processo.

Nesta temporada, o árbitro de vídeo será usado nas semifinais e finais da Taça Guanabara e Taça Rio, além das finais do Carioca.

- As pessoas questionam do motivo de ser offline. São dois: um técnico e um financeiro. Vimos na Sul-Americana, e em outras competições, alguns problemas com árbitros de vídeos. E alguns erros são justamente, acredito eu, por ser estar negligenciando a parte offline do processo. Nós precisamos aprender e treinar. Tudo isso é muito novo. Então, achamos que está havendo uma precipitação no online a ponto de parte da mídia questionar a validação da utilização do árbitro de vídeo. E a segunda questão, é financeira. Segundo estimativa da CBF, custa R$ 30 mil por jogo e esses 10 eventos offline, custar R$ 5 mil por jogo - disse Rabello, que completou:

- Vamos montar um relatório para que, depois, em reunião com os clubes, se possa ver a necessidade desse sistema e podermos utilizar a partir de 2019.

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