Como Pelé conquistou três Copas do Mundo e entrou para a história do futebol
Pelé foi o único jogador na história a conquistar três Mundiais e é o maior artilheiro da Seleção Brasileira
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Não é possível contar a história de Edson Arantes do Nascimento sem falar de Copa do Mundo e Seleção Brasileira. Quando ainda dava os primeiros passos no esporte, Pelé colocou um desconhecido Brasil no mapa do futebol mundial. O Rei, que fez sua estreia com apenas 17 anos, entrou para a história ao conquistar as Copas de 1958, 1962 e 1970. Além das taças, quebrou recordes e se tornou um símbolo não apenas entre as quatro linhas, mas em todo o país.
Nesta quinta, 29 de dezembro, Pelé, que lutava contra um câncer no intestino, morreu após sofrer falência múltipla de órgãos.
O MUNDO CONHECE O REI
Em 1957, Pelé fez sua estreia no profissional pelo Santos. O desempenho do garoto de 17 anos chamou a atenção de Vicente Feola, técnico da Seleção Brasileira, que o convocou no mesmo ano, e depois para a Copa de 1958, na Suécia. Por conta de lesões, o estreante não entrou em campo até o terceiro jogo. Na primeira aparição com a Amarelinha, o gol não saiu, mas ainda assim, teve participação direta na vitória sobre a União Soviética, por 2 a 0.
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Nas quartas de final, foi dos pés de Pelé que saiu o único gol do Brasil na vitória sobre o País de Gales. Neste dia, tornou-se o mais jovem a marcar na história das Copas do Mundo. Na semifinal, contra a França, fez mais três gols na vitória por 5 a 2. Na final, estufou a rede duas vezes e entrou para a história novamente com o primeiro título da Seleção Brasileira e como o jogador mais novo a fazer gols em uma final.
DRAMA DO GÊNIO EM 1962
A segunda atuação de Pelé na Copa do Mundo carregava grandes expectativas, mas a história não ocorreu como o planejado. O artilheiro começou bem o torneio e fez um gol na vitória sobre o México, por 2 a 0. Contudo, sofreu um estiramento muscular no empate contra a Tchecoslováquia e não entrou mais em campo até o fim da competição. Mesmo sem o Rei, a Seleção chegou até a final e derrotou os tchecos por 3 a 1, conquistando o bicampeonato. Apesar da saída precoce, Pelé retornou ao Brasil com o status de ídolo e passou a ser cada vez mais visto em anúncios publicitários e na mídia em geral.
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REI SOFRE COM A VIOLÊNCIA DOS RIVAIS
Na Copa de 1966, na Inglaterra, todo o país aguardava o tricampeonato. Apesar de ter feito um gol na estreia, na vitória sobre a Bulgária por 2 a 0, Pelé foi o alvo principal dos adversários e teve sua participação novamente interrompida. Ainda no primeiro jogo, sofreu uma entrada violenta e não atuou na derrota por 2 a 0 para a Hungria. No jogo contra Portugal, sofreu uma falta que lesionou o joelho direito. Mesmo tendo voltado para o gramado, o Brasil terminou eliminado por 3 a 1.
TRÊS COPAS DO MUNDO: SÓ O REI PELÉ
Depois da eliminação em 1966, Pelé afirmou que não participaria mais da Copa do Mundo. O craque, porém, não teve escolha: em meio à Ditadura Militar, foi pressionado para ir ao México com a Seleção. Assim, o Rei, que já era considerado o melhor do mundo, atendeu à convocação de João Saldanha. O técnico chegou a dizer em uma entrevista que o camisa 10 estava míope e, por isso, debilitado para jogar. Porém, dois meses antes do torneio, Zagallo assumiu a Seleção Brasileira e colocou o artilheiro nos gramados.
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Depois dos tropeços na preparação, Pelé fez uma de suas atuações mais brilhantes na Copa de 1970. Na estreia, marcou uma vez na goleada por 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia. No segundo jogo, que terminou em vitória sobre os ingleses, deu assistência para o gol de Jairzinho, único da partida. Contra a Romênia, marcou dois gols na vitória por 3 a 2. Nas quartas, contra o Peru, não balançou a rede, mas teve papel decisivo para a classificação. O mesmo ocorreu na semifinal, contra o Uruguai. Na final, abriu o placar e deu assistências para os gols de Jairzinho e Carlos Alberto. Assim, o Rei se tornava o único jogador brasileiro a conquistar três Copas do Mundo.
Por toda a trajetória vitoriosa, Pelé é considerado um dos escultores do que é considerado o futebol brasileiro. Ao colocar o país na história das Copas, ele abriu os portões para diversos craques que o sucederam vestindo a Amarelinha e também levantaram taças ao redor do mundo.
Assim, foi considerado o Melhor Jogador do Século XX e recebeu um reconhecimento tardio, mas que demonstra o tamanho da importância de Edson Arantes do Nascimento: a Bola de Ouro, que na época só considerava atletas europeus, colocou o Brasil, e o Rei do Futebol, na sua lista.
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