Especial: Fluminense é o clube que mais usa a base em 2017
Clube de Xerém já escalou 16 jogadores formados em casa neste começo de temporada
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Entre os clubes pesquisados pelo LANCE! (Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco), o caso do Fluminense é o que mais chama a atenção. Com tradição em revelar talentos, o Tricolor é disparado aquele que mais vem utilizando a base neste começo de ano: já escalou 16 jogadores formados em Xerém. Juntos, estes atletas entraram em campo incríveis 110 vezes em 2017 e fizeram 14 dos 38 gols do time do técnico Abel Braga, que tem como destaque o lateral Léo e o volante Douglas, sem falar em Gustavo Scarpa, que, machucado, só atuou seis vezes na temporada.
- O Fluminense pensa o futebol de forma diferente. O resultado neste início de ano está sendo positivo, com um grande aproveitamento dos meninos da base. É o clube que mais dá oportunidade aos meninos formados em casa, e eles estão correspondendo. Hoje temos 20 jogadores de Xerém treinando na equipe profissional – disse Marcelo Teixeira, gerente da base do clube das Laranjeiras.
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Outro Tricolor, o São Paulo, também está renovado, após um 2016 de decepções. Com Rogério Ceni no comando, 11 ex-juniores já foram escalados, totalizando 87 jogos. O Grêmio, que disputa a Libertadores, também se destaca. Foram 16 jogadores da base utilizados, mas nove entraram em campo apenas uma vez, pelo time b. Já o rival Inter, em ano de Série B, utilizou 12 pratas da casa, que, juntos, fizeram 75 jogos.
Também participante da Libertadores, mas com um orçamento menor, o Botafogo teve 11 ex-juniores escalados, mas os utilizou bem menos do que São Paulo: 43 vezes.
Entre os que mais têm aproveitado a base também estão Corinthians e Vasco, com 11 e dez pratas da casa já escalados, respectivamente. Fábio Carille recorreu aos jogadores formados no Timão 84 vezes até agora, enquanto em São Januário os ex-juniores totalizam 75 partidas.
- Temos no clube o PROMOVE, um programa de promoção de talentos que criamos em 2006 para ambientar as principais promessas da base ao elenco profissional. Fizemos esse trabalho com o Alex Teixeira e o Philippe Coutinho, que brilham no exterior, e com outros que estão lá em cima, casos do Douglas, Evander, Andrey, Caio, Mateus Vital e Alan. Portanto, temos um projeto voltado para esse aproveitamento – cita Álvaro Miranda, diretor da base do Vasco.
No lado oposto está o Palmeiras, atual campeão brasileiro. Apenas o meia Vitinho foi utilizado: por duas vezes, ambas no segundo tempo.
- A nossa geração atual ainda é muito jovem, tem mais alguns anos para serem trabalhados na base. O projeto de base existe e espera o amadurecimento de alguns atletas. Não é à toa que no ano passado o Palmeiras foi o segundo clube que mais cedeu atletas às seleções de base, com 24 nomes. Temos talentos, sabemos disso, mas trabalhamos eles sem pressa até pelo grupo qualificado que o clube tem no profissional – acredita João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras.
Um dos clubes que mais revelaram talentos nos últimos anos, o Santos também tem números modestos. Foram seis os pratas da casa utilizados até agora. A diferença é que eles, juntos, somam 54 partidas e três (Lucas Veríssimo, Zeca e Thiago Maia) são titulares.
A dupla de mineiros tem números parecidos: oito jogadores da base já escalados. Enquanto o Atlético utilizou a prata da casa 51 vezes, o Cruzeiro usou 60.
- É muito relevante quando se tem 40% do elenco profissional formado na base. É uma filosofia implantada que vem dando retorno técnico e financeiro – afirmou Klauss Câmara, diretor de futebol do Cruzeiro.
Ainda no grupo dos que menos utilizam a base está o Flamengo. Os nove jogadores (nenhum titular) atuaram juntos 44 vezes.
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