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Especialistas opinam sobre iminente ida de Lucas Paquetá para o Milan

Bom rendimento em campo, convocação para Seleção e olhares da Europa favoreceram a ida do meia para Itália. LANCE! buscou opiniões de especialistas sobre a negociação

Confira imagens de Paquetá com a camisa do Flamengo
imagem cameraMarcelo de Jesus / Raw Image
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/10/2018
20:25
Atualizado em 11/10/2018
11:29

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A transferência de Lucas Paquetá para o Milan ao que tudo indica é uma questão de tempo. Na quarta-feira, o jogador do Flamengo realizou exames médicos e o valor da negociação gira em torno de 35 milhões de euros (aproximadamente R$ 150 milhões). Com isso, aos 21 anos, meio-campista deve ser mais um que troca o Brasil pelo futebol europeu.

O LANCE! perguntou a especialistas sobre a venda da jovem promessa do futebol brasileiro. Foi uma decisão correta do Flamengo vender seu principal destaque nesta temporada? Veja abaixo opiniões de jornalistas esportivos.

Paulo Vinícius Coelho, da Fox Sports, conhecido como PVC, não concordou com a venda do atleta, entretanto, acredita que pode render bons frutos para ele e o clube italiano. Além disso, ressaltou que é o sexto maior negócio da história do futebol. 

- Acho uma pena vender. Mas na atual situação do país e com o desejo jogador, inevitável. Ele pode ser base de relançamento do Milan. Achei o valor justo, sendo o sexto maior negócio da história, com o dólar a 3,76. Diferente do Lucas Moura (em negociação com o PSG), quando o dólar estava a 2,21. E poderá recuperar o futebol italiano a médio prazo, mas a vantagem é que ele tem chance de jogar. 

Assim como PVC, o editor do LANCE!, Carlos Alberto Vieira não vê com bons olhos a transferência do atleta para Itália. O jornalista relembrou da venda de Vinicius Júnior para o Real Madrid, que rendeu boa quantia no caixa. Isto, para o especialista, poderia segurar Paquetá por mais tempo na Gávea. 

- O Flamengo está com as contas arrumadas e vendeu há pouco tempo Vinicius Júnior por uma fortuna, aproveitando o bom momento de um mercado que inflou o valor de um garoto na época com 16 para 17 anos. O que isso deveria gerar? O Fla montar um bom elenco, segurar os outros jovens de ponta. Mas não é isso o que acontece. Na primeira oportunidade que apareceu, a diretoria negociou Paquetá, um garoto de 21 anos que poderia muito bem ficar mais três ou quatro anos no clube, levar o time aos títulos e amadurecer, para aí ser negociado. O Fla pensou muito pequeno.

O jornalista e comentarista da ESPN, Mauro Cézar Pereira foi o mais incisivo em suas palavras sobre a iminente venda do atleta. O especialista afirmou que tanto o clube, como o jogador poderia ter valorizado o passe e esperado mais um pouco. Além disso, ressaltou que a gestão não quer conquistar títulos, e sim balanços positivos no bolso.

- A quantia é muito boa para o momento do jogador, mas ele poderia dar retorno técnico, se valorizar e valer mais. Mesmo que não se valorize tanto, caso ajudasse na conquista de títulos, justificaria a permanência, mesmo que saísse por um valor que não seja superior ao atualmente ofertado. O Flamengo tem um contrato com o atleta com mais 26 meses de duração. E a multa é de 50 milhões de euros. Com 70% dos direitos, o clube teria direito a 35 milhões de euros desse montante, ou seja, não seria obrigado a vender Paquetá, exceto se o jogador e seu agente abrissem mão dos 30% que a eles pertencem. Em suma: é absurdo que o principal jogador do elenco entre os revelados no clube seja vendido por cifra inferior à multa 82 dias antes da saída do atual presidente, que deveria deixar decisão de tal porte para seu sucesso, que em aproximadamente 60 dias estará eleito. Do que adianta o Flamengo bater no peito apresentando saúde financeira, se vende o Paquetá na primeira oferta sem qualquer resistência? Fica claro, a prioridade dessa gestão não é ganhar troféus, mas apresentar balanços positivos, o que é importante, mas não basta para um clube grande, que deveria se alimentar de vitórias.


Oferta lucrativa dificulta recusa dos clubes

Para alguns jornalistas, o alto valor das propostas é um empecilho para os clubes brasileiros, que não estão no direito de recusar dinheiro em caixa. De acordo com Marcelo Barreto, apresentador do Sportv, a transferência de Paquetá para Europa é inevitável, e com a entrada do pagamento terá que se preocupar em fazer um bom investimento no plantel. 

- A venda do Paquetá é uma inevitabilidade. Um clube brasileiro, por mais que seja equilibrado financeiramente como o Flamengo, não tem como recusar uma proposta que vai lhe render cem milhões de reais. E mesmo se pudesse, o jogador quer ir, o empresário quer que ele vá... O que resta é gastar bem esse dinheiro, usando-o para compor o elenco em vez de fazer contratações de impacto.

O Flamengo é um dos clubes mais estruturados do futebol, mas precisou vender a promessa por causa do valor para manter equilíbrio. É desta forma, que o comentarista Eduardo Tironi, da ESPN, expressou sua opinião sobre a ida de Paquetá para o país das botas. 

- Eu acho que pelo dinheiro era quase impossível não aceitar a proposta. O que assusta é que o Flamengo é um dos times mais estruturados financeiramente do país e tem ainda de recorrer a vendas para manter este equilíbrio. Poderia ter segurado o atleta. 

Antes do surgimento do interesse do Milan, Lucas Paquetá chegou a ser especulado em outros clubes europeus, como Manchester City e Chelsea, ambos da Inglaterra, e Paris Saint-Germain, da França.

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