L! Espresso: Caso de polícia
Luiz Fernando Gomes analisa a polêmica envolvendo racismo no clássico baiano
Punição com base em imagens de TV virou rotina no futebol do Brasil. Não são poucos os casos em que jogadores tomaram ganchos pesados por agressões fora do lance, gestos obscenos ou provocação à torcida adversária que o juiz não viu mas as câmeras flagraram. O STJD deveria procurar agora as imagens da ofensa de Tréllez, que teria chamado Rene Junior de macaco no clássico de domingo na Fonte Nova. E, se for comprovado o xingamento racista, punir o atacante do Vitória.
Será a única forma de se fazer Justiça. Rene, segundo ele, atendendo a apelo de outros jogadores, decidiu não dar queixa crime contra o colombiano. Se tem convicção do que houve, é um erro. Tréllez gravou um vídeo na internet pedindo desculpas. Confirmou ter discutido com o jogador do Bahia mas nega ter usado a expressões racistas. "Sou preto, meu pai também é", afirmou. Não dá para continuar achando que atitudes raciais ou homofóbicas dentro de campo são coisas do futebol. Não são. São, isso sim, casos de polícia.