Bruno Henrique, do Flamengo, levou cartão no fim e xingou árbitro em jogo investigado
Atacante do Flamengo levou cartões quase ao fim do jogo
Alvo de investigação com mandados de busca e apreensão por suspeita de manipulação no jogo entre Flamengo e Santos, válido pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado, o atacante Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo nos minutos finais daquele jogo, após um puxão em Soteldo. Na sequência, ele ofendeu o árbitro Rafael Klein, recebeu o segundo cartão e foi expulso.
➡️ Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF sobre manipulação
O lance que originou o cartão amarelo e, depois, a expulsão aconteceu já aos 50 minutos do segundo tempo. Àquela altura, o Flamengo perdia por 2 a 1 na partida que era disputada no Mané Garrincha, em Brasília. O jogo terminaria com aquele mesmo placar.
Na súmula do jogo, Rafael Klein justificou o cartão amarelo de Bruno Henrique por "golpear um adversário de maneira temerária na disputa da bola". Sobre a expulsão, o árbitro gaúcho escreveu: “Por me ofender com as seguintes palavras: 'Você é um m…', com o dedo em riste em direção ao meu rosto, após a marcação de uma falta e também após ter sido advertido com cartão amarelo. Após ser expulso, o atleta veio em minha direção, sendo contido pelos seus companheiros. Informo que me senti ofendido".
Nos dias seguintes, a Unidade de Integridade da CBF emitiu um alerta às autoridades por suspeita de manipulação. O órgão se baseou em relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, empresas contratadas pela CBF que fazem análise de risco de manipulação em jogos no País.
O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Federal, então, iniciaram uma investigação. Dados obtidos junto às casas de apostas apontaram que parentes de Bruno Henrique e um grupo de apostadores fizeram apostas incomuns para aquele jogo.
Suspeita de manipulação: Bruno Henrique não se manifestou
A operação desta terça-feira (5) foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (GAECO/MPRJ), em apoio ao Gaeco do Distrito Federal.
Mais de 50 Policiais federais e seis promotores de Justiça do GAECO/DF cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, no Rio, em Belo Horizonte e nas cidades mineiras de Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves/MG. No Rio, eles estiveram na casa do jogador, na sede do Flamengo, na Gávea, e no Ninho do Urubu, o CT do clube.
Bruno Henrique e o Flamengo ainda não se manifestaram.
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