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L! Espresso: Lambança geral

Luiz Fernando Gomes analisa de maneira crítica a guerra em que se transformou os erros de arbitragem no Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas

Espresso
imagem cameraVeja uma análise crítica do esporte no LANCE! Espresso
Dia 26/09/2017
10:26

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Com seus erros e acertos, a arbitragem de Wagner do Nascimento Magalhães no Majestoso de domingo extrapolou a questão técnica. São Paulo e Corinthians se envolveram em uma batalha de acusação e defesa. Os tricolores - como de resto os vascaínos na semana passada - veem na anulação do gol de Militão e na validação do gol de Clayton, depois da suposta falta de Rodriguinho em Júnior Tavares, um explícito favorecimento ao líder do campeonato.

Os corintianos, por sua vez, como conta João Carlos Assunção no Blog do Janca, estão revoltados com as insinuações de que o apito amigo tem peso na campanha do time no Brasileirão. Pelas redes sociais, o clube reagiu zombando do rival. Mas quem tem razão, afinal? Levantamento do LANCE! até a 24ª rodada mostra que o Timão é, de fato, o clube que mais se beneficiou dos erros dos juízes, com cinco ocorrências em 34 computadas. Já o Grêmio vem em seguida, com três. Dos 20 clubes da Série A do Brasileirão, todos já se favoreceram este ano com más atuações dos juízes em seus jogos. É uma verdadeira democratização da lambança.


AMADORISMO: O São Paulo - a exemplo do que fez o Vasco na semana passada - decidiu enviar à CBF uma representação contra o juiz do clássico contra o Corinthians. É uma atitude inócua, já que não vai mudar em nada o resultado do jogo ou a postura da comissão de arbitragem. Mesmo porque, se a moda pega e a cada reclamação formal de um clube um árbitro for afastado, o Brasileirão vai parar. Ou teremos de importar juízes de fora. O buraco claramente é mais embaixo.

A questão não é o favorecimento a um ou a outro. É o despreparo mesmo. Incompetência. Resultado, entre outras coisas, da condição amadora que os juízes têm – são os únicos personagens de um jogo que não são profissionais de verdade, aliás - e da politicagem dos cartolas que ainda domina os bastidores da comissão de arbitragem da CBF. Já tivéssemos resolvido o problema da tecnologia, por exemplo, sem a interferência e a rapidez que Marco Polo Del Nero tentou impor ao processo, semana passada, e boa parte dos erros seria esclarecida a tempo de não gerar confusão. Estaríamos discutindo, apenas, técnica e tática do jogo.

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