FC Mariupol, da Ucrânia, volta a entrar em campo em amistoso no Brasil
Clube foi representado pelo Batel no empate em 1 a 1 com o Campo Mourão, em Guarapuava
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O FC Mariupol renasceu! Em amistoso disputado na manhã do último domingo (30), no Estádio Valdomiro Gelinski, em Guarapuava, no Paraná, a Associação Atlética Batel vestiu a camisa laranja, carregou um novo escudo no peito e representou o clube ucraniano no duelo que terminou empatado em 1 a 1 com o Campo Mourão.
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O jogo emocionou a todos os presentes com a homenagem promovida pelo Batel ao FC Mariupol, que interrompeu suas atividades há cerca de um ano, após a invasão russa na cidade. Neste domingo, as equipes entraram em campo acompanhadas das bandeiras da Ucrânia e do Brasil. Os hinos dos dois países e do estado do Paraná foram tocados antes do pontapé inicial. Vestidos com o novo uniforme e tremulando a bandeira, os torcedores na arquibancada transmitiram todo apoio e solidariedade.
O momento da glória veio somente depois dos 45 minutos iniciais e mais cinco minutos do segundo tempo. Em lançamento da defesa, a bola quicou e sobrou para o camisa 10, Cauã que, de cabeça, materializou o sonho de torcedores do FC Mariupol, ucranianos e de apaixonados pelo futebol: o gol saiu da garganta novamente para comemorar o momento mais alegre para o FC Mariupol. Que fosse por um instante, o futebol devolveu a alegria a uma nação.
- Sensação indescritível. Foi um gol histórico, fico muito feliz de fazer parte da história do FC Mariupol. É uma homenagem que nos traz alegria, é um sentimento que não cabe no peito. Nós mostramos que a guerra não para o futebol - disse o jogador, de 18 anos.
Direto da Ucrânia, acompanhando a transmissão pelo canal “FCMariupolLives” no YouTube, pelo computador, o Vice-Presidente do FC Mariupol, Andriy Sanin, que atualmente vive em Kiev, chorou emocionado pelo momento. Ele voltou a comemorar um gol 435 dias depois - o último duelo havia sido a vitória por 2 a 1 em um amistoso com o Karpaty Lviv, em 19 de fevereiro de 2022.
- Esse jogo representa a esperança, o renascimento. Tenho fé de que vamos voltar para a nossa cidade, mas enquanto isso não é possível, ver o FC Mariupol representado no futebol brasileiro, no país mais vitorioso desse esporte, é algo sem palavras. Só tenho a agradecer ao Batel e ao Brasil por esse dia histórico. Estou muito feliz - comemorou.
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