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Ferj e clubes discutem combate à violência: punições entram em pauta

Entidade apresentou sugestão em assembleia nesta sexta-feira. Reunião será em janeiro

Rubens Lopes durante Assembleia Geral da Ferj (Foto: Úrsula Nery/Divulgação)
Rubens Lopes durante Assembleia Geral da Ferj (Foto: Úrsula Nery/Divulgação)

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Entendendo a necessidade de colocarem em prática medidas para coibir a violência nos estádios do Rio de Janeiro, a Ferj e os clubes decidiram formar uma comissão para discutir itens com o intuito de inibir o confronto entre torcidas no Carioca. A proposta inicial é punições administrativas aos clubes em caso de alguma ocorrência por ocasião das partidas. A primeira reunião da comissão foi marcada para o dia 3 de janeiro.

A Ferj apresentou a ideia de um documento aos clubes na assembleia geral realizada nesta sexta-feira. A proposta inicial tem penas duras, como a perda de pontos para casos de reincidência. Mas isso será avaliado pela comissão, formada por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, além de América, Nova Iguaçu e Bangu.

- É um assunto que tem que ser discutido. O Vasco vai colaborar, se posicionar em relação a isso. O assunto precisa ser discutido por quem conhece do tema - disse o presidente cruz-maltino, Eurico Miranda.

Entre as sugestões trazidas inicialmente pela Ferj está a proibição de cessão de ingressos às organizadas, seja via gratuidades ou venda pelo preço menor do que o estipulado. A Ferj ainda pensa em premiar o clube cuja torcida for "ficha limpa" durante o Estadual.

O Botafogo, por exemplo, não é a favor da perda de pontos, mas nem por isso deixará de participar da discussão.

- É uma penalidade muito dura, então isso tem que ser bem avaliado. Foi apresentada uma proposta pela Ferj e agora os clubes vão se reunir para uma análise. A iniciativa é muito importante, positiva, no sentido de mostrar que tanto a Ferj quanto os clubes estão preocupados, em busca de soluções que venham minorar o risco de conflitos e brigas nos estádios - disse o ainda presidente Carlos Eduardo Pereira.

Pedro Abad, do Fluminense, também participou da assembleia e entende que é necessário posteriormente envolver a polícia e o Ministério Público.

- Vamos fazer uma reunião para estabelecermos algumas formas de controlar as organizadas. Vamos envolver clubes de menor investimento para montarmos um documento com procedimentos a serem adotados para garantirem a segurança do torcedor, para que não tenha mais confusão nos estádios. Dentro do Fluminense, temos algumas ideias, mas ainda são incipientes. É muito tênue a diferença entre o controle dos clubes e do estado. É importante fazermos uma proposta dos clubes e levarmos para a Polícia e o Ministério Público - comentou.

O Flamengo foi representado pelo advogado André Galdeano. Na mesma assembleia, a Ferj apresentou o calendário de 2018 e teve orçamento para o ano que vem aprovado.

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