Clubes se comprometem a romper com organizadas e debatem combate à violência em reunião na Federação
Presidente da entidade, Rubens Lopes, revela que clubes se conscientizaram quanto à ruptura de vínculo com torcidas organizadas, e revela medidas contra brigas no futebol
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Uma reunião realizada nesta quarta-feira entre o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, e representantes de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco trouxe novas propostas para coibir a violência entre organizadas de futebol no estado. Em entrevista coletiva ao fim do encontro, ocorrido na sede da Ferj, Rubens Lopes apontou que houve um compromisso dos clubes:
- Os clubes se comprometeram a romper vínculo com toda e qualquer torcida organizada. Eles estão conscientes disto, não pode dar privilégio da organizada sobre os demais.
Além disto, foram discutidas a adequação do número de catracas ao tamanho do estádio, o bloqueio de vias públicas no entorno dos estádios e uma triagem mais rigorosa em relação aos torcedores que têm ingresso para cada partida.
- O objetivo é diminuir o fluxo no entorno do estádio. Evitar que haja tumulto maior, em especial faltando poucos minutos para a realização de cada jogo.
A biometria, porém, foi descartada no momento:
- A leitura biométrica e um isolamento da torcida organizada poderiam dar margem para que os torcedores brigassem entrei si.
O mandatário da Fferj afirmou que os clubes viram com cautela os pontos debatidos. E pediram uma avaliação maior nas punições:
- - Temos de separar o que está acontecendo dentro e fora de estádio. Mas todos entendem que a sanção tem de ser individualizada por aquele que transgredir, pelo desajustado. É fundamental separar o vandalismo dentro do estádio e fora do estádio, no qual o clube não tem ingerência.
No entanto, a possibilidade de um clube perder pontos entrou em pauta na reunião. Rubens Lopes afirmou que a medida seria usada em casos drásticos:
- É a primeira vez que se cogita uma punição maior. Esta perda de pontos seria cogitada no caso de o clube estar ligado ao torcedor organizado.
O dirigente afirmou que o trabalho para coibir a violência no futebol não tem de se resumir à Federação e aos clubes.
- A solução não é simplista. Não vai partir de uma instituição ou da Federação. Vamos seguir o caminho de tudo o que faz parte da organização das partidas. Não se pode pressentir do MP, da Polícia Militar, em relação à CBF. Existem alguns pontos ainda a serem discutidos.
Rubens Lopes revelou que uma nova reunião com os clubes está prevista para a próxima segunda-feira. Ainda estão previstos encontros com o Gepe, a Polícia Militar e a Ferj tenta agendar uma reunião com representantes do Ministério Público.
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