Fifa e Conmebol informam que vão ao Brasil acompanhar crise da CBF e pedem adiamento da eleição
Entidades solicitam que a votação ocorra somente após a visita
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A FIFA e a CONMEBOL comunicaram à CBF na noite de quinta-feira (14) seu interesse em monitorar de perto os desdobramentos da situação da entidade. Na semana anterior, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu o presidente Ednaldo Rodrigues, nomeando um interventor para organizar uma nova eleição, decisão posteriormente confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça.
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Segundo o "ge", em uma carta conjunta assinada por dirigentes das duas entidades, a FIFA e a CONMEBOL alertam a CBF de que nenhuma eleição deve ser convocada ou realizada até que uma delegação das entidades internacionais visite o Brasil em janeiro para avaliar a situação e discutir o assunto com as partes envolvidas.
A CBF agora se encontra em um dilema, pois não pode desrespeitar a decisão do Superior Tribunal de Justiça, ao mesmo tempo em que precisa acatar a determinação da FIFA.
A carta destaca que, de acordo com o artigo 64 do estatuto da CBF, no caso de ausência na presidência, o diretor mais antigo é a única pessoa autorizada a representar a CBF e assumir as responsabilidades de presidente interino. Além de Ednaldo Rodrigues, seus oito vice-presidentes eleitos em 2022 também foram destituídos.
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O atual diretor mais antigo é Hélio Santos Menezes, que atualmente ocupa as diretorias jurídica e de governança da confederação. Todas as comunicações da CBF com a FIFA e a CONMEBOL devem ser assinadas por ele, sendo que a diretoria não foi destituída.
Em meio a esse cenário, nenhuma outra autoridade além da mencionada no artigo 64 será oficialmente reconhecida pela FIFA e pela CONMEBOL, conforme indicado na carta.
O documento adverte sobre a possibilidade de "sanções relevantes" à CBF se for constatada interferência indevida contra os estatutos da FIFA e da CONMEBOL. No entanto, especialistas e dirigentes acreditam que não há risco de punição esportiva ao futebol brasileiro.
O exemplo frequentemente citado por dirigentes da FIFA e CONMEBOL é o da Argentina, que, entre 2016 e 2017, ficou sob a administração de um "Comitê de Normalização" na AFA (Associação de Futebol Argentino) para reformar os estatutos e convocar novas eleições.
➡️Com recurso negado a Ednaldo Rodrigues, aumenta o risco de a CBF ser punida pela Fifa
A decisão do TJ-RJ, mantida pelo STJ, determinou que José Perdiz, agora licenciado do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), organize novas eleições em um prazo de 30 dias úteis, contados a partir de 12 de dezembro. José Perdiz, ao comentar sobre a carta da FIFA, expressou satisfação e respeito, considerando um sinal positivo ter a entidade acompanhando o processo eleitoral na CBF. Ele reafirmou o compromisso de convocar as eleições em 30 dias, seguindo os princípios de transparência e clareza exigidos pela Justiça brasileira.
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