Fla-Flu das finanças: Rubro-Negro foi quem mais faturou em 2016. Tricolor leva a melhor no quesito crescimento
Análise de Amir Somoggi, colunista do LANCE!, mostra um raio-x dos clubes fora de campo
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Flamengo e Fluminense costumam fazer grandes duelos dentro de campo e um deles acontecerá no próximo domingo, a partir das 16h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Porém, fora dele, os dois clubes lutam para melhorar as suas receitas e ter uma vida financeira mais tranquila. O colunista e blogueiro do LANCE! Amir Somoggi, especialista em Marketing e Gestão Esportiva, concluiu a sua análise sobre o desempenho dos grandes clubes do país neste aspecto. O Rubro-Negro leva vantagem em relação ao Tricolor em alguns quesitos, porém, ficando atrás em outros.
Com um faturamento total de R$ 510,1 milhões em 2016, o Rubro-Negro foi o clube que mais faturou no país no ano passado. O Fluminense é apenas o oitavo nesta lista, com uma receita de R$ 293,2 milhões. Porém, no Fla-Flu das finanças, o Tricolor teve um crescimento maior de receita em relação a 2015: 63% contra apenas 43% do seu arquirrival.
Amir Somoggi foi mais fundo na análise e constatou que da receita total adquirida pelo Flamengo em 2016, 58% veio dos direitos de transmissão de TV; 2% da negociação de jogadores; 13% de patrocínios; 16% com sócios; 8% com bilheteria e 2% de outras fontes.
A dependência enorme dos direitos de transmissão pela TV também é um carma para o Fluminense, que viu este quesito ser responsável por 60% de sua receita total em 2016. As demais fontes de renda foram divididas da seguinte maneira: 18% da negociação de jogadores; 5% de patrocínios; 8% de sócios; 4% de bilheteria e 5% de outras fontes. Esses números deixam evidentes a necessidade que o Fluminense tem de negociar jogadores para ter um bom crescimento financeiro.
Ainda na disputa entre os dois clubes, o Flamengo apresentou um crescimento de 132% na sua arrecadação com os direitos de transmissão contra 163% de crescimento do Fluminense. O Tricolor cresceu ainda 44% na transferência de jogadores, quesito onde a evolução rubro-negra foi tímida: apenas 3%.
Em alguns aspectos os dois clubes acabaram mostrando uma queda de arrecadação. O Flamengo viu a receita de patrocínio em relação a 2015 cair em 22%, a queda em bilheteria foi de 10%, enquanto que a quetsão de sócio-torcedor declinou 11%. O Tricolor registrou queda de 43% com patrocínio, 28% com bilheteria e 3% com associados. Para ambos, a crise financeira que tomou conta do Brasil e a pouca utilização do Maracanã em 2016 também devem ter contribuído para isso.
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Se na disputa em campo está imprevisível saber quem vai ir melhor na temporada, fora dele os clubes já podem ter uma ideia mais clara do que precisam melhorar para navegarem em mares mais tranquilos financeiramente falando.
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