Fla ‘vence’ a Champions, bate recorde e lidera audiência no streaming
Números da Champions League pelo Facebook ou da Sul-Americana pela DAZN foram superados pelos mais de um milhão de pico que o Rubro-Negro teve na Libertadores
O Facebook nunca havia tido tanta audiência no Brasil como nesta quinta-feira. O LANCE! mostrou que a torcida do Flamengo fez os servidores da rede social travarem - literalmente - durante a partida contra o San Josè (BOL), pela Libertadores, que quebrou o recorde nacional da plataforma com os mais de um milhão de usuários simultâneos - e 7,6 milhões de audiência total. Mas, a liderança não foi apenas na rede social, e, sim, em todas as plataformas de transmissão por streaming.
Com os números obtidos na Libertadores, o Rubro-Negro não quebrou apenas o recorde entre os brasileiros, mas de todas as competições esportivas exibidas no país. Anteriormente, o maior número pertencia a partida entre Paris Saint-Germain e Manchester United, pela Liga dos Campeões. Foram 865.648 visualizações simultâneas no duelo que marcou a eliminação da equipe de Neymar.
Os números do Flamengo no Facebook também tiveram picos maiores que outras plataformas. No DAZN, que transmite a Copa Sul-Americana, a partida entre Corinthians e Racing (ARG) teve pico de 438.977. Essa é a transmissão de maior sucesso da empresa até o momento.
Completando a lista de brasileiros, a liderança no Facebook - antes do Flamengo - pertencia ao Grêmio, que havia colocando 469 mil pessoas de pico na partida contra a Universidad Católica (CHI), pela segunda rodada da fase de grupos. O Cruzeiro, que estreou a plataforma, teve 320 mil pessoas assistindo simultaneamente a partida contra o Huracán (ARG), pela primeira rodada do torneio.
Outro brasileiro envolvido, o Athletico-PR colocou apenas 90 mil pessoas na rede social de uma vez ao enfrentar o Jorge Wilstermann (BOL). Vale lembrar que o Palmeiras também terá uma transmissão simultânea na rede social ainda pela fase de grupos da Libertadores - no duelo contra o Melgar, pela última rodada da fase de grupos.
BONS NÚMEROS, MAS PROBLEMAS NA TRANSMISSÃO
Não foram poucas as reclamações durante a transmissão. O alto número de travamentos durante a exibição e - principalmente - o delay (diferença de tempo entre o envio e o recebimento de um sinal) foram os maiores problemas apresentados. Era fácil comparar: bastava ver o perfil oficial do clube - que acompanhava a partida direto do estádio.
GGGGGGGOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLL (aqui o Vitinho nem se apresentou pra cobrança ainda mas não quero ficar de fora na timeline hahahahahahahaha)
— Daniel Esteves (@naoestive) April 12, 2019
Por exemplo: no quinto gol gol do Flamengo, marcado por Vitinho, de pênalti, o Twitter do Flamengo, publicou a informação do gol com 20 segundos de diferença da exibição do vídeo na rede social - no momento da postagem, Vitinho ainda se preparava para comprara a penalidade no Facebook.
EU QUERO QUE QUEM INVENTOU DE LICENCIAR FUTEBOL PRA STRINHO VÁ PRA CASA DO CHAPÉU
— 📺🌎👯♀️🔥 | revistaabsurda (@revistaabsurda) April 12, 2019
Outro problema foram os travamentos nos momentos dos gols - principalmente no primeiro tempo. Enquanto muitos comemoravam, outros reclamavam que a transmissão havia parado no momento do cruzamento ou assistência para os tentos. Os gols de Diego e Éverton Ribeiro tiveram esse fator.
NÚMEROS QUE NÃO SE REFLETEM EM AUDIÊNCIA DA TV
Se por um lado, o Flamengo é líder disparado em audiência televisiva, esse número ainda vai demorar para se refletir na internet. A culpa não é do clube ou dos torcedores, mas sim da popularização da ferramenta para o público em geral. Apesar de alto para a rede social, ter um milhão de pico de audiência não é tão revelante na televisão.
De acordo com os dados atualizados em 2019 da Kantar/Ibope, 1 ponto de audiência nos 15 mercados aferidos regularmente pela empresa, por exemplo, representará 254.892 domicílios e 693.788 indivíduos. Na televisão, é possível pegar como exemplo a partida contra o Peñarol, também pela Libertadores, onde o Flamengo registrou 35 pontos e 53% de participação no Rio de Janeiro.