Goleiro Bruno volta a ser preso em Varginha após se apresentar à polícia

Após o STF revogar decisão que mantinha o atleta em liberdade, o jogador voltou a se apresentar na tarde desta quinta-feira e já está preso em Varginha

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Após receber uma notificação sobre o desenrolar da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que ordena seu retorno à prisão, o goleiro Bruno voltou a ser preso após se apresentar em uma delegacia na cidade de Varginha.

Segundo as autoridades, o atleta do Boa Esporte passará por exames no Instituto Médico Legal (IML) e será encaminhado para o presídio de Varginha. A polícia local foi notificada após um mandado de prisão contra o goleiro ser encaminhado para a Polícia Civil de Minas Gerais.

O habeas corpus, que dava direito ao atleta continuar aguardando um novo julgamento em liberdade, foi negada por três votos a um, sendo apoiada por apenas um ministro da casa: Marco Aurélio Mello, que concedeu a soltura do jogador por meio de um habeas, em fevereiro deste ano. Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Rosa Weber, que completavam a mesa, votaram a favor da volta de Bruno para a prisão.

Após seu retorno ao cárcere, o advogado de defesa do goleiro, Lúcio Adolfo, afirmou que vai contestar a decisão e, com isso, pretende deixar Bruno em liberdade até os próximos 45 dias. O defensor declarou que vai entrar com um embargo de declaração para “sanar as obscuridades” da votação.

- Eles (os ministros) deveriam decidir sobre o habeas corpus, mas teceram profundos comentários sobre o julgamento (de Bruno, ocorrido em 2013). Eles pré-julgaram. Para revogar a liberdade, começaram a analisar a conduta, o comportamento do Bruno. Não cabia a eles fazer isso naquele momento. Vamos entrar com um embargo de declaração para sanar as obscuridades que o acórdão (do STF) deixou – concluiu o advogado após decisão.

Bruno esteve preso desde 2010 até fevereiro deste ano e foi solto por habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello. Pelo Boa Esporte, o goleiro participou de cinco jogos pela Série B do Campeonato Mineiro.

RELEMBRE O CASO

No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade. Entretanto, o goleiro está preso desde o dia 7 de julho de 2010. Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo ainda não foi encontrado. Na época, a modelo, que era amante do atleta, tinha 25 anos.

Mesmo sendo condenado, Bruno estava preso enquanto aguardava o julgamento de sua apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Em fevereiro de 2017, o ministro Marco Aurélio Mello concedeu um habeas corpus que determinou a soltura do jogador. Dias depois, Bruno foi anunciado como reforço do Boa Esporte, que perdeu seus maiores patrocínios após a contratação.

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