Goleiro reserva entra no fogo e garante título do turno para o Papão
No Paraense, Paysandu é campeão da Taça Cidade de Belém após derrotar Remo por 4 a 1 nos pênaltis. Goleiro Marcão entra após expulsão do titular e defende duas cobranças
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Debaixo de uma tempestade, o Paysandu sagrou-se na tarde deste domingo o campeão da Taça Cidade de Belém (1º Turno do Paraense) ao derrotar, no Mangueirão, o arquirrival Remo nos pênaltis, pelo placar de 4 a 1, após 1 a 1 no tempo normal. Nos 90 minutos, Eduardo Ramos foi algoz e vilão. No primeiro tempo o principal astro remista desviou o chute de Marcelo Costa e matou o seu goleiro Fernando Henrique no gol do Paysandu. Na etapa final, fez de pênalti o gol do empate.
Na penalidades, Leandro Cearense, Bruno Veiga, Augusto Recife e Rafael marcaram para o Paysandu. Eduardo Ramos marcou para o Remo. Léo Paraíba e Ciro tiveram seus chute defendido pelo goleiro Marcão.
E o goleiro acabou sendo o grande protagonista e herói. Marcão entrou no fogo - assim que Emerson foi expulso por fazer o pênalti aos 35 minutos. O arqueiro entrou e levou o gol na cobrança de Eduardo Ramos. Mas depois só brilhou. Ainda frio fez ótima defesa no finzinho e, nos pênaltis, defendeu duas cobranças. Com um detalhe: foi a estreia do goleiro com a camisa do Paysandu.
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- Isso é que é destino. Era dificil jogar, o Emerson estava bem demais. Mas a oportunidade aparece quando menos se espera. Felizmente venho trabalhando fortemente e fui feliz. É um sonho pra mim ver a torcida gritando o meu nome - disse Marcão.
Com o título, o Papão levou o caneco, garantiu presença na final do Paraense e também uma vaga na Copa do Brasil de 2017.
Vale lembrar que este foi o 734º Re-Pa da história (é o clássico mais jogado do mundo). O Remo leva vantagem, com 256 vitórias e 229 derrotas.
O Jogo
O clássico foi equilibrado e tenso. O árbitro distribuiu 12 cartões amarelos, sendo que o Paysandu recebeu oito, além do vermelho do goleiro Emerson.
O Mangueirão teve a capacidade reduzida (apenas 25 mil ingressos colocados à venda) e o motivo foi a série de obras no entorno do estádio. Além disso, a partida foi antecipada para o horário das 15h para economia de energia. Mas neste caso não surtiu muito efeito, pois o tempo muito nublado e a fortíssima chuva acabaram obrigando o uso dos refletores do Mangueirão desde o primeiro tempo.
O jogo, que perdeu um pouco da qualidade técnica por causa da chuva, foi muito equilibrado no primeiro tempo. As equipes tiveram uma grande chance, cada. Aos 25 minutos, o Remo quase marcou quando Levy chutou de fora da área, obrigando o goleiro Emerson a fazer ótima defesa parcial. O atacante Ciro (ex-Fluminense e Sport) ficou com a sobra e chutou. Mais uma vez Emerson mandou bem, salvando com o calcanhar em lance de muito reflexo. A resposta do Paysandu veio aos 30 minutos e com um gol. Marcelo Costa cobrou uma falta para a pequena área. Eduardo Ramos estava no bico da pequena área, tentou cortar e pegou mal na bola, matando o goleiro Fernando Henrique e marcando contra (A arbitragem deu o gol para Marcelo Costa).
No segundo tempo, o Paysandu passou a jogar um pouco mais recuado e o Remo, ligeiramente melhor, por pouco não empatando numa finalização de Welthon e numa cabeçada de Michel que passou raspando. Aos 37 minutos, veio o gol do empate. Num lançamento de Léo para a área, a bola era toda do goleiro Émerson. Mas ela parou na poça d´água e deu a chance para o atacante Whelton chegar primeiro e ser calçado pelo camisa 1. Pênalti. Como o goleiro já tinha amarelo por cera, levou o segundo amarelo e foi expulso. Eduardo Ramos, que marcara o gol contra, bateu e empatou o clássico, fazendo o seu terceiro gol na competição e levando o jogo para a decisão por pênaltis, num repeteco das semifinais, quando o Papão eliminou o Águia nos penais e o Remo fez o mesmo contra o Independente.
Nas penalidades quem sorriu foi a torcida do Paysandu, que compareceu em um número um pouco maior (o público foi de 18.119 presentes).
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