Em determinados momentos no futebol, a máxima que "o importante é a vitória" acaba prevalecendo. Foi dessa forma que o elenco do Coritiba saiu de campo ao bater por 1 a 0 o Guarani usando a bola aérea mediante uma partida de pouca inventividade na criação dos dois lados.
O triunfo do Verdão serviu para, além de amenizar o clima "pesado" em volta da equipe devido as quatro derrotas nos últimos seis jogos, reconduzir o clube na caça pelo G4 estando, agora, em quinto lugar com 40 unidades. Já a equipe de Campinas, que vinha acumulando larga invencibilidade, acaba ficando na 14ª colocação com 32 pontos e pode ficar mais próximo do Z4 dependendo dos demais resultados na 27ª Rodada.
MOVIMENTAÇÃO SEM EMOÇÃO
Os dois sistemas ofensivos pareciam "combinar" no sentido de apresentarem o mesmo tipo de dificuldade para criarem oportunidades agudas de finalizar contra as metas de Alex Muralha e Kléver: movimentarem-se de maneira lenta, com poucas possibilidades de tabelas e dando condições para a defesa do adversário se movimentar em bloco com absoluta compactação.
Com isso, mesmo tendo mais a posse, o Coxa tinha dificuldades em ser efetivamente superior no confronto que ficou em seus 20 primeiros minutos concentrado quase que unicamente na troca de passes entre as áreas.
RESOLVENDO PELO ALTO
Sem a inspiração na base dos toques, infiltrações e movimentação que "desmontasse" a zaga adversária, o Coritiba inteligentemente apelou para a bola aérea onde vinha tendo sucesso para ganhar as disputas individuais. E foi dessa capacidade que, aos 21 minutos, Robson testou cobrança de escanteio feita por Rafinha antes da intervenção do goleiro Kléver, abrindo a contagem na capital paranaense.
NA ESPREITA
Podendo recuar um pouco suas linhas e fazer somente a pressão mais alta assim que Rafinha saísse em cima no primeiro combate, o Coritiba aguardava os erros na saída de bola campineira ou mesmo os espaços nas tentativas do adversário em se lançar mais ao ataque para, aí, aumentar sua vantagem.
Todavia, enquanto por vezes a medida se mostrou efetiva para retomar a posse, faltava maior capricho para acertar na concretização das jogadas, algo que afetou diretamente na vantagem mínima no marcador do Couto Pereira.
LADO DIFERENTE, PROBLEMA IGUAL
Com direito a mudanças de peças feitas pelo técnico Thiago Carpini tirando o meio-campista Deivid e colocando o atacante Nando, o Guarani se tornou uma equipe com mais capacidade de segurar a bola na frente. Porém, assim como acontecia com o Coritiba anteriormente, "penava" para conseguir desarrumar a marcação adversária e foi mais insinuante em bola para onde Arthur bateu falta que Alex Muralha defendeu se esticando bem no canto direito.
Enquanto isso, seja pela maior posse de bola natural do Bugre como também pensando em estratégia, a postura do tima anfitrião seguia inalterada com Rafinha sendo o elemento de desequilíbrio. Além disso, quando a bola ultrapassava a linha de marcação dos visitantes, tinha problemas para bater em gol e gerava uma espécie de ansiedade crescente no torcedor para a ampliação do placar.
QUASE RESOLVEU!
Com um jogo tão parelho (não necessariamente nivelado por alto), o Verdão do Alto da Glória teve duas oportunidades das mais claras para deixar os minutos finais bem menos tensos do que foram. Enquanto Rodrigão dentro da área bateu forte e viu Kléver fazer uma defesa espetacular, no lance onde o camisa 9 também teve os méritos roubando a bola perto da grande área, ele cruzou rasteiro onde Luiz Henrique foi bloqueado pela zaga de maneira providencial.