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Lugano critica Democracia Corinthiana; Casagrande responde

Para ex-jogador do São Paulo, a iniciativa foi romantizada e é necessário ouvir os dois lados da moeda; Casagrande rebate e chama Lugano de despreparado

lugano e casagrande
Lugano, ex-jogador do São Paulo, e Casagrande, ex-Corinthians (Foto: Eduardo Carmim/Divulgação/Arte LANCE!)

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Diego Lugano, ex-zagueiro e hoje superintendente de relações institucionais do São Paulo, disse ser fã de Sócrates, ex-jogador do Corinthians, e ter conhecimento sobre a Democracia Corinthiana. No entanto, as informações fornecidas por ele na última sexta-feira não agradaram ao comentarista Walter Casagrande, da TV Globo, um dos embaixadores da iniciativa na década de 80.

Em entrevista ao site argentino Infobae, o uruguaio disse que a Democracia Corinthiana foi “romantizada” e que, por ter ouvido “os dois lados da moeda”, tem uma opinião formada. Para quem não sabe, a iniciativa foi um movimentado iniciado nos anos 80 no Corinthians por um grupo de jogadores, entre eles Sócrates e Casagrande, com a finalidade de os atletas participarem das decisões do clube, lembrando que, naquele momento, o Brasil vivia uma ditadura militar.

- O Corinthians é meu maior rival aqui (no Brasil). Sócrates era um fenômeno, uma besta como jogador. Foi um momento muito particular da sociedade brasileira. A história também tem suas particularidades, a moeda tem sempre os dois lados. Ele tinha uma forma de se expressar, um carisma e uma preocupação social notável – iniciou Lugano ao site.

- Eu também escutei Emerson Leão, uma personalidade forte, que era parte da Democracia. Disse que era muito linda a Democracia Corinthiana, mas que não o deixavam treinar. É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária – completou.

Esse seria o outro lado da moeda que ele explicou inicialmente. Naquela época, Emerson Leão era goleiro do Corinthians e um grande crítico do movimento. Apesar de ter dito que estudou muito a Democracia Corinthiana, porém, as informações passadas na entrevista não agradaram um de seus maiores expoentes, Walter Casagrande.

Democracia Corinthiana ficou marcada pelo bicampeonato paulista (1982/1983), com Sócrates, Casagrande, Zenon & Cia (crédito: O Globo)
Democracia Corinthiana ficou marcada pelo bicampeonato paulista (1982/1983), com Sócrates, Casagrande, Zenon & Cia (crédito: O Globo)

- É muito estranho ouvir uma pessoa falar sobre a Democracia Corintiana sem ter propriedade alguma e sem conhecimento algum sobre o movimento. Esse é um dos problemas das pessoas oportunistas, antes de falar de alguém ou de alguma coisa, deveriam se informar melhor – disse o comentarista ao site do Globoesporte.com.

- Bom, no caso do Leão, com quem tenho ótimo relacionamento, posso dizer que ele não acha que o movimento era democrático e se manifestava e manifesta até hoje nesse sentido. Agora eu só quero esclarecer que as pessoas devem ouvir só quem tem conhecimento sobre os assuntos, e não uma pessoa completamente despreparada e sem propriedade alguma para falar sobre a Democracia Corintiana – finalizou.

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