Luiz Felipe e Rafael Winick, idealizadores da Rio Performance, destacam importância do evento: ‘Incentivo à educação’
Última edição da conferência foi no Nilton Santos e contou com apoio do Botafogo
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O Rio Performance é um evento focado na educação sobre performance e alto rendimento esportivo. Além disso, a conferência é um grande encontro nacional entre profissionais da educação física e medicina do esporte.
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Em entrevista exclusiva ao Lance!, os idealizadores do projeto, Luiz Felipe Sinforoso (preparador físico do Botafogo) e Rafael Winicki (ex-preparador físico do Flamengo), contaram a importância do Rio Performance, da evolução da educação física e medicina do esporte, Botafogo abrindo portas e muito mais. Confira no player acima.
🎙️ CONFIRA TODAS AS RESPOSTAS DE LUIZ FELIPE SINFOROSO E RAFAEL WINICKI:
O QUE É O RIO PERFORMANCE?
- Eu sou o Luiz Felipe. Professor de educação física e já atuo na área há mais de 24 anos. Hoje atuou na preparação física do futebol profissional do Botafogo. Tenho também um centro de treinamento na Barra da Tijuca, onde atendo atletas de diversas modalidades. O Rio Performance veio muito dessa necessidade de ter um encontro nacional em que a educação física, a fisioterapia, a medicina do esporte pudessem conversar e se atualizar. Ser um grande encontro do alto rendimento e da performance esportiva. A gente via essa necessidade e quando a gente fazia sempre era num lugar longe. Ou era em outro Estado ou em outro país. Nos questionamos como o Rio de Janeiro, uma grande capital do esporte, onde tem grandes eventos esportivos, um lugar que respira atividade física, não tinha um evento como esse. Dessa nossa necessidade, tivemos a ideia de fazer o Rio Performance. (Luiz Felipe Sinforoso)
- A proposta é: ter um grande encontro da educação física e da medicina do esporte. Onde a gente possa estar se atualizando, porque a gente sabe que a ciência do esporte avança muito rápido, ainda mais no alto rendimento. Isso não pode ficar para trás e a gente tem que ficar sempre se atualizando. Foi uma oportunidade de darmos a voz para muitos profissionais brasileiros, que fazem a diferença no esporte e no dia a dia do trabalho. Muitas vezes com menos investimento e infraestrutura, com calendário apertado. Valorizamos muito os profissionais de fora, mas temos pessoas no Brasil que trabalham em alta performance na prática. Colocando a ciência e a teoria na prática. A teoria na prática, que é diferente. Você se ajusta a um contexto e situações. Para nós que trabalhamos na ponta, essas informações são super valiosas. É uma nova forma de fazer, novo método, nova prática e uma nova métrica. Para a gente que trabalha no esporte de alto rendimento, faz toda a diferença, porque estamos brigando por um centímetro e milésimo de segundo, um centímetro a mais de um salto, enfim. Tudo o que conseguirmos para colaborar para o dia a dia dos atletas é válido. Foi isso que nos motivou a criar o Rio Performance, que está indo para a quarta edição. O evento está crescendo. Vimos que essa necessidade não era só nossa. Era de todos os profissionais. A cada ano o evento toma um corpo e se tornando cada vez maior. (Luiz Felipe Sinforoso)
PARTICIPAÇÃO DE PERSONAGENS DO MUNDO ESPORTIVO
- O Diego sempre foi um apoiador do Rio Performance desde o início. A gente ia lançar em 2020, mas veio a pandemia e tivemos que adequar o evento para online. Desde essa época, o Diego já era um palestrante. Depois, em 2021, quando fizemos o primeiro Rio Performance (presencial), foi também um palestrante. Ele sempre apoiou o nosso evento. A história que ele conta, que é super inspiradora, surgiu essa ideia de ter uma mesa redonda no nosso congresso para dar voz aos atletas. Para podermos humanizar os atletas. As pessoas que não têm a oportunidade de conviver com os atletas, às vezes acham que o atleta é uma máquina e tem que performar a todo custo, que não tem problema, que não fica cansado e que não passa por dificuldades. (Luiz Felipe Sinforoso)
- Cada vez mais o esporte de alto rendimento está num nível muito alto. Tanto pelos atletas, quanto pelos profissionais que os cercam, pela tecnologia que temos hoje para potencializar os atletas. É difícil comparar épocas. É quase um outro esporte. Era uma outra realidade e contexto. É trazer para as pessoas e profissionais que ainda não tem a oportunidade de trabalhar em alto rendimento e no dia a dia do esporte, mostrar para eles que o atleta, antes de ser atleta é um ser humano e que ele passa por dificuldades e passa por superação. Não é um mundo de glamour, como muitas pessoas acham. Principalmente no futebol. Não é uma rotina fácil, que poucos suportam. Escutar essas histórias de superação, vitórias e conquistas. Humanizamos eles para nos inspirar. Fazemos um paralelo para a sua vida e área. É inspirador escutar as histórias dos nossos ídolos do esporte. Foi um tiro super certo. É a cereja do bolo do Rio Performance. As pessoas gostam e ficam atentas querendo saber mais sobre os atletas. É assim que a mesa redonda, e o Diego, que é o mestre de cerimônias da mesa redonda, se incorporaram ao Rio Performance e engrandecem ainda mais o evento. (Luiz Felipe Sinforoso)
SAÚDE MENTAL
- Neste ano pudemos contar com um coach: Lulinha Tavares. Ele faz um trabalho com diversos atletas de saúde mental. Não só de saúde mental, mas de performance mental. Todo ano a gente traz algum palestrante para abordar esse tema. Até porque é uma bola levantada praticamente em todas as palestras, principalmente na mesa redonda com os atletas. Todos eles, quando chegam em determinado momento, falam da necessidade de se performance mentalmente e como é importante você estar bem psicologicamente para poder atuar no dia a dia, nos jogos e suportar a pressão que tem do resultado. É um tema completamente integrado ao alto rendimento e performance. Estamos vendo cada vez mais nos clubes dando-se a importância devida ao setor de saúde mental. A maioria dos clubes hoje tem um psicólogo. Alguns têm um psicólogo e um psiquiatra. Está acabando um pouco esse preconceito que tinha associado aos cuidados com a mente. Na verdade, a gente sabe que todo mundo precisa. A saúde física e mental caminham lado a lado. (Luiz Felipe Sinforoso)
- Tanto da parte mental quanto da parte física (atendimento individualizado de atletas). Isso também é uma realidade. Eu, hoje, atuo dentro do clube, mas faço trabalho externo. O Rafa também atende muitos atletas externos e dividimos alguns atletas. Alguns do Botafogo estão com ele. É uma realidade no futebol e no mundo inteiro. Mostra a consciência que os atletas estão tendo com o alto rendimento, que eles tem que se cuidar o máximo possível para poder performar. Eles não são jogadores, mas atletas de futebol, além de jogadores. É uma realidade que eu busco me comunicar com todos os personagens que existem, tanto atletas quanto jogadores, para aliar o que é feito dentro do clube com o que está sendo realizado fora do clube. Isso para que não haja qualquer tipo de sobrecarga para o atleta e que seja um complemento positivo. (Luiz Felipe Sinforoso)
- Atendemos muitos atletas comuns, amadores, que querem se cuidar buscando qualidade de vida. Mas também atendemos atletas profissionais que fazem um complemento do que já fazem no clube. (Luiz Felipe Sinforoso)
- O Luiz estava falando do Lulinha Tavares, que foi um dos nossos palestrantes do Rio Performance. Identificamos que é uma demanda muito importante para o alto rendimento. Vimos muitos atletas como Simone Biles e Gabriel Medina, refugando a grandes competições porque falavam que não estavam mentalmente preparados. Se sentiam sob pressão e não souberam suportar. Então é uma realidade esse suporte mental aos atletas, que se não tiver mentalmente bem, não consegue desempenhar. O Rio Performance tem essa proposta de abordar a performance de maneira multidisciplinar. Não é só o cara correr rápido e bater forte na bola. Ele precisa de um suporte multidisciplinar, desde a parte nutricional, médica, mental e a gente trouxe isso para o Rio Performance. Os palestrantes vêm de diferentes áreas. Médicos, fisioterapeutas, psicólogos, fisiologistas e preparadores físicos para mostrar essa integração e importância das áreas estarem conectadas para darem o suporte para o atleta performar no mais alto nível. (Rafael Winicki)
- Em relação ao acompanhamento aos atletas, acho sensacional. Estava agora com um atleta do Crystal Palace, da Inglaterra, que foi convocado para a seleção francesa. Está passando férias no Rio de Janeiro e, por conta da convocação para as Olimpíadas, não queria perder rendimento para chegar nas Olimpíadas voando. Estavam aqui na semana passada a France Football e o L'Équipe, que são dois grandes meios de comunicação franceses acompanhando as férias dele para fazer uma matéria. Às vezes, dentro do clube fica difícil de atender uma demanda individualizada por conta da rotina e dinâmica corrida do futebol. 30, 40 atletas às vezes você não consegue parar para trabalhar de forma mais aprofundada e individualizada. O atleta consciente busca esse reforço para poder trabalhar algo que seja específico. Essa comunicação entre clube e staff pessoal do atleta é muito importante para que não ocorra nenhum tipo de conflito. E muitos atletas que também estão de férias. A galera do futebol europeu. Muitos brasileiros vêm passar férias no Brasil e não querem deixar de treinar ou quando está se aproximando do momento da pré-temporada, não querem chegar enferrujados e acabam nos procurando para fazer esse trabalho de performance. Alguns atletas acham que isso não vai ser bem visto no clube, às vezes é vaidade porque o trabalho é para complementar e a gente reforça: "Quanto maior a comunicação, melhor para você atleta". (Rafael Winicki)
EVOLUÇÃO E QUEBRA DE BARREIRAS DA PROFISSÃO
- A evolução nos últimos anos foi muito grande em vários aspectos. Desde da medicina ao da tecnologia de uniformes, de controle e carga, de controle para prevenção de lesões. Hoje temos muitas métricas que conseguimos controlar o nível de fadiga e cansaço dos atletas. Controlamos tudo o que ele faz no campo através do GPS. Isso permite que a gente tenha muito mais tomada de decisão, porque temos mais informações em relação ao que acontece no dia a dia do atleta. As nossas áreas, como falamos, a importância do Rio Performance. A ciência do esporte vem avançando a cada dia. Vimos que a cada ano surgem novas técnicas, práticas e métricas para balizarmos e avaliarmos. De 10 anos para cá vejo que o impacto da preparação física, a parte que a gente atua mais que é a sala de força e condicionamento, a academia, a parte indoor, onde fazemos os trabalhos individualizados para prevenção, diminuição do risco de lesão e onde fazemos trabalhos para desenvolver movimentos, força, potência, velocidade, agilidade e construção de movimentos atléticos a ser realizado dentro do campo. Hoje, conseguimos interferir muito mais na performance do atleta do que há 10 ou 15 anos atrás pela maneira que treinamos e pelo nível de informação que temos, pelo tipo de tecnologia e controle que conseguimos ter e pela própria consciência dos atletas. O ambiente vai ser tornando mais competitivo e faz com que os atletas se cobrem e sejam cada vez mais melhores. Eles sabem que o sarrafo está subindo. No futebol e nos esportes coletivos, você consegue, de certa forma, mascarar. No esporte individual não tem outra opção. No esporte coletivo, você pode estar num dia ruim e o outro vai te ajudar, tem um contexto coletivo para o resultado. No esporte individual não tem como. A pessoa tem que performar. O atleta treina três ou quatro meses para uma competição. Não pode errar e tem que ser eficiente. Essa consciência dos atletas também interfere. (Luiz Felipe Sinforoso)
- Estamos vivendo essa quebra de barreiras. Querendo ou não, o futebol europeu está um passo à frente. Isso podemos falar em termos de números. Se pegamos distância percorrida total num jogo da Premier League é maior que de um jogo do Campeonato Brasileiro. O número de sprints de um jogo da Premier League ou da LaLiga é maior do que o do Campeonato Brasileiro. Isso começou a ser inserido no Brasil por atletas que começaram a se encaminhar para o final de carreira e retornam. Trabalhei com o Diego e o Filipe Luís, que tinham passado pelo futebol europeu e justamente retornaram ao futebol brasileiro querendo um suporte de forma individualizada para o condicionamento deles. Na Europa isso já é uma realidade. Praticamente todos os atletas de alto nível tem esse staff pessoal para ter esse cuidado individualizado. Isso começou a chegar no Brasil por meio destes atletas, que começaram contagiando os outros de forma positiva. A tecnologia nos permite a ter acesso a métricas para avaliar o desempenho de cada atleta. O futebol evoluiu muito. O de que 15 ou 20 anos atrás se você fosse pegar essas métricas de distância percorrida na partida, aumentou em 20%. Número de sprints numa partida quase dobrou. Se antes faziam 10, 12 sprints numa partida, hoje fazem mais do que 20. Sprints são as ações acima de 25km por hora. Hoje, o cara que não está bem condicionado fisicamente não joga. A verdade é essa. Pode jogar um tempo, mas não joga 90 minutos. Tanto é que tem muitos atletas que são muito bons, mas quando não estão bem condicionados não conseguem acompanhar o ritmo do jogo. A gente poder atuar nisso para poder condicionar o atleta para performar é muito gostoso e gratificante. (Rafael Winicki)
INTEGRAÇÃO ENTRE AS ÁREAS E INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS NO RIO PERFORMANCE
- Quando a gente trabalha do lado de fora, por exemplo: hoje eu tenho a minha equipe de staff. Trabalham comigo o Márcio (fisioterapeuta do Vasco) e Paulo (nutricionista do Flamengo). O Rafa também tem uma equipe dele, que conseguimos no nosso espaço dar o suporte para o atleta. Tem atletas que já tem fisioterapeuta e nutricionista, que a gente já faz a comunicação, mas quando você está no mesmo espaço e tem um alinhamento metodológico, você já conhece a maneira que a pessoa trabalha e tem essa comunicação preestabelecida, com certeza potencializa os resultados do atleta. Eu e o Rafa criamos a nossa equipe para poder favorecer a comunicação entre áreas para potencializar o resultado do atleta. No clube existe a figura do coordenador científico ou de performance. A função dele é justamente essa: criar integração e comunicação entre todas as áreas. Quando chego no clube, você chega e tem uma reunião pré-treino, onde todos os profissionais (nutricionista, psicólogo, preparador físico do campo, sala de força e condicionamento, coordenador e fisiologista) se reúnem para avaliar o questionário de bem estar, que os atletas preenchem para ver o nível de prontidão que estão para o dia, bater a programação do dia e fazer os alinhamentos que precisamos fazer entre áreas para que aquilo aconteça. Tanto coletivamente, quanto de forma individual. É nesse momento que a gente individualiza os processos. Existe uma programação para o grupo e quando a gente faz essa reunião e avaliamos as métricas e o que cada área consegue fazer, a gente individualiza: "O grupo vai fazer isso, mas esse atleta em especial vai fazer metade disso. Ele vai ter que passar mais tempo aqui na fisioterapia. Ou não, hoje ele não vai para a academia". Ali é o momento que a gente consegue individualizar o processo. Todo dia após o treino, a gente faz a mesma coisa. Temos a mesma reunião, onde o coordenador científico lidera a reunião e fazemos o fechamento do dia para ver se tudo o que planejamos no início do dia aconteceu, qual foi o resultado daquilo que a gente fez, porque a gente tem as métricas captadas "on time", ou seja, a gente consegue saber o resultado. E a gente começa a planejar o dia seguinte. Isso acontece diariamente. A gente chega, vê se o que planejamos está "ok", se precisamos individualizar com uma comunicação em todas as áreas. Se vou fazer um tipo de trabalho na academia que exige mais força, o nutricionista vai adequar a suplementação para o atleta. Se for fazer alguma coisa que envolva mais resistência, ele vai mudar a suplementação para o atleta. O que eu faço, geralmente está de acordo com o trabalho do campo. Porque o campo é o trabalho principal. Eu adequo o que eu vou fazer na academia em função do campo. A gente vai se comunicando e construindo o dia e a sessão de treino. (Luiz Felipe Sinforoso)
- Trouxemos isso no Rio Performance com um profissional de cada área. Tinha um cara da medicina, Rodrigo Sasson, médico do esporte que trabalha no Vasco e no Comitê Olímpico, que trouxe a experiência dele para a prática. Veio o preparador físico, Daniel Félix, do Vasco, com super experiência e falou sobre outro assunto dentro do esporte. Foi a interação do treinamento indoor com o treinamento outdoor. Como você adapta o treinamento da academia com o do campo, para que não ocorra uma concorrência. Se você vai trabalhar força na academia, então no campo tem que respeitar a característica de força, que são os jogos mais reduzidos, mais frenagens e acelerações. Ou vamos abrir o campo para trabalhar com uma característica de estímulos de velocidade. Então, o trabalho na academia tem que se estimular a essas características de velocidade. Veio o Lulinha falando sobre o aspecto mental. A importância de estar conectado com o atleta para entender quais são as dores, como ele se comporta sobre pressão e como ele reage depois de uma falha no jogo. Citou até o caso do Andreas Pereira, que custou o título da Libertadores. Como esse atleta reagiu? Qual o suporte emocional que ele precisa para superar aquilo? O mais legal, diante disso tudo de cada profissional podendo falar da sua área, a gente teve a palestra do Marcos César, que é gerente de performance do Botafogo, que abordou a integração das áreas dentro do conceito interdisciplinar. Como ele faz para as áreas se comunicarem e como acontece dentro de um clube e esporte de alto rendimento. Isso acontece de forma integrada, todas as áreas estão se comunicando. Para isso tem que ter um gerente de performance, um coordenador científico, que é o cara que faz a integração das áreas. (Rafael Winicki)
- Ainda contamos com a presença da Sara, que é fisiologista do Vasco. Ela também falou sobre controle de carga. Teve o Bruno, que falou sobre a reabilitação baseada em sistemas complexos, que é uma metodologia que está se tornando uma realidade cada vez maior dentro dos clubes. É uma área que vai desde a atuação da fisioterapia até a transição para a preparação física. (Luiz Felipe Sinforoso)
ABERTURA DO EVENTO PARA ALUNOS UNIVERSITÁRIOS
- Não só é aberto, como boa parte dos nossos alunos eram estudantes. Estimulamos que eles estejam lá com um valor especial para os estudantes, já que a gente entende que eles não estão inseridos no mercado de trabalho. Talvez ainda não tenham uma renda satisfatória. É um investimento e entrega muito valor, qualidade e conhecimento. Então a gente estimula. Tanto eu quanto o Luiz começamos a ingressar em cursos deste tipo desde a fase acadêmica. No quarto ou quinto período da faculdade eu já estava procurando me diferenciar e capacitar. Eu sempre falo disso e dou cursos para inúmeros estudantes. Uma das formas de se diferenciar é a busca constante pelo conhecimento. Isso não tem data para iniciar, basta você querer. O conhecimento está ali e o cara que buscar desde o início da fase acadêmica, já entra no mercado de trabalho, com certeza, com um degrau acima de todos os outros que não foram buscar além do que a faculdade entrega. (Rafael Winicki)
- Há 10 anos atrás, quando eu comecei a trabalhar com cursos e trazendo certificações para o Brasil, era muito difícil a informação chegar aqui. O acesso à informação era muito difícil. Hoje, o que acontece é justamente o contrário. Temos muitas informações disponíveis. O Rio Performance acaba sendo um grande filtro para os profissionais se balizarem onde realmente têm que dedicar tempo. Onde tem que se estudar. É um curso muito informativo. Muitas vezes, depois do profissional se identificar com algum assunto ou tema, ele vai se especializar e buscar mais conteúdo. É interessante porque muitos graduandos me pararam para perguntar como fazer para entrar no esporte e alto rendimento. O que eu falei para eles foi exatamente o que o Rafa falou. É você estar no ambiente do esporte, nos congressos, expandir o networking e as pessoas entenderem que você está buscando conhecimento. O Rio Performance nasceu de um congresso em que eu e o Rafa estávamos juntos. Íamos neste congresso sempre. A gente sabia que ia se encontrar lá, era um networking nosso marcado. As pessoas estavam neste movimento de tentar melhorar a educação física e estavam nestes eventos. Desse evento, a gente conversando saiu o Rio Performance. Hoje vemos pessoas conseguindo emprego no Rio Performance, parcerias e abrindo negócios. (Luiz Felipe Sinforoso)
EVENTO NO NILTON SANTOS
- O evento era na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), que é um lugar glamuroso, por ser o berço da educação física no Brasil. Tem uma história envolvida, além de ser um cartão postal da cidade (Urca). É uma área militar e muito esportiva. Tem um campo oficial. Soubemos que a Seleção da Copa de 70 fez a preparação naquele campo do Exército. Tem pista de atletismo. É diferenciado. Quando a gente foi para o Nilton Santos, fomos para outro patamar. Dentro de um estádio. O Luiz fazendo parte da comissão técnica e sendo um profissional da casa, ele possibilitou essa abertura de portas para a gente. (Rafael Winicki)
- Nas outras edições, a gente estava com uma casa muito boa, que é a Escola do Exército. Tinha toda uma infraestrutura, mas não era um estádio de futebol. Fui convidado para o Botafogo no início do ano. Estava no Vasco há 3 anos. Quando o Marcos César (coordenador científico do Botafogo) me chamou, não foi só para fazer a parte da preparação física da sala de força do futebol profissional, mas também para auxiliar no processo novo do Botafogo. Na construção das novas academias, do alinhamento metodológico entre as áreas e as categorias, que chamamos de verticalização. É fazer com que o profissional do sub-12 fale a mesma língua do sub-17, sub-20 e do profissional. Todo mundo tendo um alinhamento metodológico. O Botafogo abriu as portas pelo incentivo à educação. A ideia deles era incentivar a educação interna de todos os profissionais. Tivemos praticamente 50 profissionais do Botafogo participando do Rio Performance, dentre nutricionistas, fisiologistas, médicos, preparadores físicos e fisioterapeutas, que ajudaram no processo de construção do alinhamento metodológico. Foi um casamento, algo que deu certo. Faz parte do projeto que o Botafogo tem educacional interno. Acabou juntando as duas coisas e foi um sucesso. (Luiz Felipe Sinforoso)
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