Matemático revela ‘número mágico’ contra o rebaixamento no Brasileirão
Em entrevista ao Lance!, Tristão Garcia destrinchou as chances na luta contra a degola
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A luta contra o rebaixamento no Brasileirão está a todo vapor a três rodadas do fim. Com as quedas consumadas de Atlético Goianiense e Cuiabá, restam dois times a serem definidos no descenso. Em entrevista ao Lance!, o matemático Tristão Garcia, idealizador do site "Infobola", analisou o risco dos clubes que lutam contra a Série B. Segundo o especialista, o "número mágico" definitivo é de 45 pontos para se salvar, mas há chances "muito altas" de alguém escapar com 44.
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- Para o Athletico, é importantíssimo jogo com Fluminense. (Em caso de vitória) Iria para 44 pontos, e o número mágico garantido é 45. Mas há grande chance de escapar com 44 sem depender de critérios. Então, 45 pontos escapa, e 44 é muito provável. Dá para dizer que escapa, mas ainda tem chance de cair. A chance de se manter com 44 é cerca de 97%, sem depender de critérios de desempate - declarou Tristão.
- De repente alguém escapa com 43, mas 44 é um número de tranquilidade nesse momento, que deve ser confirmado mais à frente. Hoje, o número matematicamente confirmado é 45 pontos, mas com altas chances de 44, e com sorte 43 também escapa - completou o matemático.
Tristão Garcia resumiu o risco de queda de cada um dos clubes envolvidos após o encerramento da 35ª rodada. Atualmente em 18º, o Bragantino é o mais ameaçado, seguido por Criciúma e Fluminense. Juventude, que tem um jogo a mais, Athletico-PR e Grêmio vêm na sequência, com chances de rebaixamento menores.
- Em resumo, Atlético Goianiense e Cuiabá estão rebaixados. Bragantino com 71% de risco, Criciúma com 57% e Fluminense com 42% são os mais ameaçados. Na sequência, vêm Juventude com 14%, Athletico Paranaense com 8% e Grêmio com 5% de risco. Vitória, Vasco e Atlético Mineiro têm apenas risco matemático, de 1%. - explicou Tristão.
Chances de rebaixamento após a 35ª rodada
- Atlético Goianiense - 100%
- Cuiabá - 100%
- Bragantino - 71%
- Criciúma - 57%
- Fluminense - 42%
- Juventude - 14%
- Athletico Paranaense - 8%
- Grêmio - 5%
- Vitória - 1%
- Vasco - 1%
- Atlético Mineiro - 1%
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Situação do rebaixamento no Brasileirão
O matemático analisou também as situações individuais de cada equipe, considerando a pontuação atual, os jogos restantes e o desempenho ao longo do Campeonato Brasileiro. Tristão explica que os times ameaçados que estão mais acima na tabela, como o Grêmio, se beneficiam por confrontos diretos entre os que estão abaixo.
- Os times que estão mais à frente nessa disputa, embora próximos da pontuação, estão muito protegidos pelos confrontos diretos dos que estão atrás. É o caso, por exemplo, do Grêmio. É um caso bem típico, porque a pontuação dele é próxima, mas o número de vitórias e principalmente os confrontos entre seus perseguidores facilitam muito a sua condição - comentou o especialista.
- Então, quem está numa situação dificílima, quem diria, é o Bragantino. Vinha há anos fazendo boas campanhas e perdeu a luz de repente, está com 71% de risco. O Criciúma, que tem uma dificuldade grande em casa, por mais estranho que seja, tem 57% de risco. Mas tem uma chance, né? Não há chance que não é tarefa fácil. Corinthians e Flamengo, as duas maiores torcidas do país, vão à Criciúma. Fora de casa até fez bons enfrentamentos, mas o aproveitamento em casa não dá 50%. Mas, mesmo assim, ele é melhor que o Fluminense fora de casa. E é melhor que o Bragantino. Mas o risco dele é alto, porque senão o fator local dele faria o risco ser menor. Mas, como vem com a campanha fraca em casa, o risco é grande, porque não há uma expectativa de vitórias - detalhou.
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O clube dos "12 grandes" com mais risco de rebaixamento no Brasileirão é o Fluminense. Em 16º lugar, o Tricolor tem 42% de chances de queda, segundo o estudo de Tristão Garcia. Contudo, o matemático explica que o Flu tem situação melhor do que Bragantino e Criciúma, por conta de "barbada" na tabela. Ele ainda completa, analisando a situação do Juventude e do Athletico-PR.
- É um risco maior que o do Fluminense, que tem 42%. Porque o Fluminense, embora tenha só um jogo em casa, tem uma campanha melhor em casa. Fora de casa, ela é pior que é a do Criciúma, mas as duas são ruins. Não é isso que vai resolver. O Fluminense tem dois jogos fora. Um contra um adversário direto, o Athletico Paranaense, e o outro a gente não sabe como vai ser a situação na última rodada, porque o Palmeiras pode chegar vivo e seria um cenário horroroso. Além disso, o Fluminense tem uma barbada em casa, o Cuiabá - destrinchou Tristão.
- Depois, vem o Juventude com 14% de risco, quem teve essa vitória maiúscula sobre um Atlético Mineiro reserva. Juventude tem São Paulo fora, que pode estar com a vida feita. Ele só pode buscar o G-4 ou G-5. E a chance não é grande. Então, é de interesse do Fluminense que o São Paulo chegue brigando por algo na última rodada. O Athletico Paranaense, com 8%, é o próximo confronto do Fluminense, fora de casa. E tem Grêmio com 5%, protegido muito por esses confrontos diretos. Na última rodada tem Bragantino e Criciúma, que também protege o Grêmio - completou o matemático.
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