Oferta tentadora, dúvida e papo entre presidentes rivais: a troca de Dracena
Zagueiro falava em fazer história no Corinthians duas semanas antes de fechar com o Palmeiras para a Libertadores. Jogador será o parceiro de zaga experiente de Vitor Hugo
Três horas e 22 minutos separaram o anúncio da rescisão contratual do zagueiro Edu Dracena com o Corinthians e a oficialização da sua ida para o Palmeiras, com vínculo até o fim de 2017. Porém, antes do rápido acerto e anúncio por parte dos clubes, muita coisa ocorreu, até mesmo um telefonema entre os presidentes.
Paulo Nobre, mandatário alviverde, ligou para o alvinegro Roberto de Andrade. Em tom cordial, ele oficializou o interesse no veterano de 33 anos, que o Timão já tinha ciência desde o início do mês.
E mesmo já na mira do Palmeiras desde o fim do Brasileiro, Edu Dracena pensava em seguir no Corinthians, clube ao qual chegou no início do ano, após rescindir com outro grande paulista, o Santos. Contudo, o fato de ter ficado na maior parte de 2015 na reserva e a proposta financeira alviverde muito melhor (ele ganhava R$ 280 mil no Parque São Jorge) pesaram. Contudo, o que mais foi levado em conta foi o desafio que a transferência representa, a oportunidade de ser o "xerife" de um grande clube novamente e o fato de ser (muito provavelmente) titular em uma Copa Libertadores.
No início do mês, em entrevista ao LANCE!, o zagueiro afirmou...
– Acredito que 2016 será um ano de colheita. Quando se trabalha honestamente, com pessoas do bem e capacitadas, você tem tudo para colher coisas boas. É isso que espero, com títulos, principalmente a Libertadores, que é o grande objetivo nosso. Não pode passar pelo clube só por passar, tem que passar e deixar sua história, como fiz no Cruzeiro, no Santos e em outros clubes. No Corinthians não vai ser diferente – disse.
Na mesma entrevista em que manifestava desejo de ficar no clube e cogitava até se aposentar no Corinthians, Edu Dracena mostrou um pouco de suas convicções. Ao comentar a troca do Santos pelo Timão, ele deu indícios do que pode ter motivado a sua ida ao Palmeiras.
– Quando tomo uma decisão, vou até o final. Eu tinha uma história, era capitão do Santos, e pensei em tudo que poderia acontecer na minha vida após a decisão. Em nenhum momento me bateu arrependimento, pelo contrário, era o que eu queria e estou muito feliz aqui, mesmo não jogando muito. Sei que, de uma certa forma, estou ajudando, passando experiência – comentou o veterano.
Com a contratação de Edu Dracena, o Palmeiras atinge o objetivo de ter um experiente zagueiro para atuar ao lado de Vitor Hugo. Antes, Roger Carvalho, ex-Botafogo, havia sido contratado para a posição. Além deles, são opções no elenco: Leandro Almeida, Nathan e Thiago Martins, que jogou a Série B pelo Paysandu. Jackson, com contrato até o fim do ano, não deve ficar.