Oeste e Brasil de Pelotas fizeram o duelo da segunda parte da tabela pela 22ª rodada da Série B, na Arena Barueri. E foram os lanternas que venceram com placar de 2 a 1 e travou a reação do Xavante na competição. A última vitória do Rubrão havia sido na nona rodada diante do CSA.
O Oeste chegou aos 11 pontos e continua na lanterna, a 14 pontos do Náutico (primeiro time fora do Z-4). O Brasil vinha de quatro jogos sem perder e caiu uma posição ao permanecer com 26 pontos.
A próxima missão do Oeste vai ser em Campinas, diante da Ponte Preta na próxima terça-feira (24). Enquanto isso, os gaúchos enfrentam o CRB em seus domínios também na terça.
PRIMEIRO TEMPO APÁTICO DO XAVANTE E DE PRESSÃO DO OESTE
Os jogadores ainda estavam entrando no clima do jogo quando saiu o primeiro gol. Aos cinco minutos, o Oeste teve uma falta próximo a linha de fundo pela direita, De Paula cobrou de forma venenosa e Alex Ruan cabeceou contra a própria meta. Ainda sem ter um jogo mais solto pelos rivais, a equipe de Barueri teve mais duas oportunidades de gol com 11 minutos de partida. A primeira com Bruno Lopes pegando um cruzamento e chutando mal e a outra com Caio, que pegou a sobra e chutou onde ao mesmo tempo foi bloqueado pelo zagueiro xavante.
Vinte minutos de jogo se passaram e o Brasil de Pelotas seguia tímido, ainda tentando encontrar o esquema proposto por Cláudio Tencati. A equipe saia do campo de defesa para o ataque com muita dificuldade e nas raras vezes que chegou bateu de frente com a zaga do Oeste. Os paulistas levaram muito perigo nas bolas paradas, seja escanteio ou bola levantada na área em cobrança de falta. E em um destes corners, Caio testou firme e Rafael Martins teve que sujar o uniforme para evitar o segundo.
O Xavante até ensavaia ameaças ofensivas quando o Oeste jogou um balde de água fria. Após contra-ataque aos 26 minutos, Caio avançou e deu uma cavadinha por cima do goleiro. A bola bateu no travessão e sobrou para Pedrinho, livre, cabecear. Após o tento, o Brasil seguia abatido com as jogadas de transição não dando certo. Por outro lado, o Rubrão ainda levava perigo com jogadas aéreas mesmo que fosse nas sobras destes ataques.
O Brasil de Pelotas foi para o intervalo precisando que Cláudio Tencati mudasse a postura de seu time para buscar o resultado em São Paulo.
BRASIL MUDA POSTURA NO SEGUNDO TEMPO, MAS NÃO VENCE
Nos 10 primeiros minutos, Matheus Oliveira se mostrou bastante presente nas jogadas ofensivas do Brasil de Pelotas. Todo ataque praticamente passou pelos pés do camisa 10. Mas o Oeste continuava com sua barreira defensiva obstruindo os ataques gaúchos. Apesar das investidas do Xavante, os goleiros, a não ser para fazer defesas leves, raramente trabalharam nos 15 primeiros minutos.
A primeira finalização do Xavante aconteceu aos 16, com Alex Ruan arrematando de fora da área e obrigando Caíque França a trabalhar. O Oeste, com o resultado confortável em mãos, deixou os rivais jogarem. Com essa postura, os paulistas viram Matheus Oliveira chutar de muito longe aos 21 minutos e fazer Caíque novamente aparecer para salvar. Cláudio Tencati parece ter mexido com o brio de seus jogadores no intervalo.
O Brasil chegou a ter 77% de posse de bola aos 30 minutos. A equipe insistia, criava bastante chances de perigo, mas não conseguia ter sucesso no último terço. Somente aos 40 minutos que Dellatorre conseguiu quebrar essa sequência de erros ao aproveitar um cruzamento de Matheus Oliveira e apenas colocar o pé na bola para o gol. Uma punição ao Oeste, que só se defendeu.
Aos 43 minutos, em um contra-ataque fulminante, o Oeste pegou a defesa do Brasil desarrumada. Léo Ceará tocou para Fábio, que ajeitou para Pedrinho chutar na trave. Mais tarde, aos 52 minutos, Rafael Martins fez uma defesaça no chute a queima-roupa de Bruno Alves e foi o último lance do jogo.
CONFUSÃO NO FIM DE JOGO E O SOUSA EXPULSO POR CUSPE
Pedrinho, do Oeste, fez cera ao ser substituído e criou confusão com os jogadores do Brasil de Pelotas e seus companheiros. No meio do entrevero, o volante Sousa, do Xavante, foi expulso por cuspir no rosto de Yuri.