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Opinião: Palmeiras perde sem levar perigo a uma defesa irretocável do Corinthians

A impressão é que o Corinthians era quem realmente estava mais perto da vitória.

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imagem cameraCorinthians campeão do Paulistão. (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)
unnamed-1-aspect-ratio-1024-1024Tiago Herani
Cria Lab!
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 28/03/2025
22:04

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Uma final de Campeonato Paulista marcada pelas brigas e discussões, como todo Derby tende a ser, mas que escondeu atrás desta cortina de fumaça uma batalha de táticas e estratégias contrastantes de Corinthians e Palmeiras.

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Abel Ferreira, por exemplo, propôs uma mudança clara na formação do Palmeiras: jogou no 3-5-2. Piquerez era o zagueiro pela esquerda, ao lado de Micael e Murilo. Facundo recuou para ser ala por aquele lado, tendo Mayke avançado para fazer o mesmo no corredor oposto. Aníbal, Emiliano e Veiga compunham o meio-campo, enquanto Estevão, neste desenho, jogava mais próximo de Vitor Roque.

A ideia do Corinthians, defensivamente, era ter um zagueiro na sobra, enquanto os outros dois marcariam individualmente Memphis e Yuri Alberto, permitindo que acontecessem dobras na marcação e podendo reagir melhor às tabelinhas da dupla de ataque - pelo menos na teoria. Ao mesmo tempo, Garro, Carrillo e Martinez seriam acompanhados de perto pelos meias palmeirenses, e os alas bateriam de frente com a subida dos laterais adversários, sempre presentes no ataque.

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Yuri Alberto, do Corinthians, disputa lance com Murilo, do Palmeiras, na final do Paulista 2025, na Neo Química Arena
Yuri Alberto disputa com Murilo. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Escalada de montanha do Palmeiras

Na prática, as movimentações constantes e o entrosamento do ataque corinthiano superaram, quase sempre, as tentativas de conter os contra-ataques. Não à toa, saíram de campo com a memória de uma bola perigosa do Garro na trave e uma finalização do Yuri na cara do gol.

A sensação, na realidade, era que o Palmeiras precisava escalar uma montanha para levar perigo ao gol adversário, enquanto o Corinthians conseguia o mesmo efeito após algumas poucas associações no ataque. 

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A trilha que o Abel escolheu seguir foi aproveitar os espaços que naturalmente existiam, por causa do seu desenho tático, nos corredores laterais do Corinthians. Uma vez que nem Garro, Memphis ou Yuri tinham a função de voltar para recompor a marcação na linha de meio-campo, os três volantes alvinegros ficaram encarregados “sozinhos” da função. 

Porém, três jogadores não conseguiram cobrir os dois lados do campo ao mesmo tempo, o que exigiu coberturas e movimentos constantes da parte deles.

Assim, o Palmeiras tentou, durante a maior parte do jogo, atrair a marcação adversária para um lado e inverter a bola com velocidade para o outro, com o objetivo de encontrar algum companheiro com mais tempo e espaço para avançar em campo. 

Mas o projeto ficou só no papel. Qualquer tentativa de ter superioridade numérica ou algum tipo de vantagem com a bola no pé era instantaneamente minado pela disposição e concentração extra de Carrillo, Martinez e Raniele, se multiplicando em campo e fechando todos os espaços preciosos para o Palmeiras. 

Assim como no jogo de ida, a impressão era de que faltou muita aproximação dos jogadores alviverdes no ataque. Estevão, Vitor Roque e Veiga quase sempre se encontravam cercados. As poucas tabelinhas só aconteciam próximas da linha lateral. Também esperava-se mais da parte que competia a eles. 

Segurança defensiva do Corinthians

Talvez a estatística mais importante desta final não tenha sido a posse de bola ou o número de finalizações, mas a quantidade de duelos individuais ganhos na defesa. 

Neste ponto, o Corinthians ganhou de goleada: 26 x 16 em ‘tackles’, 8 x 4 em interceptações, 43 x 36 em recuperações de bola e 34 x 16 em cortes. Os donos da casa venceram 77% dos desarmes, enquanto o Palmeiras ficou com pouco mais da metade, 56%.

Não sei se, para você, esses números dizem muito ou pouco. Mas constratá-los com o que foi visto em campo explica muito da segurança defensiva transmitida pelo Corinthians. 

As substituições após expulsão colocaram o time para frente na esperança do “tudo ou nada". Mas quem mais se destacou, mesmo nesse contexto, foi a linha de defesa corinthiana, vencendo tudo pelo alto e por baixo, inclusive nos 10 escanteios adversários.

O pênalti perdido, sem dúvidas, pesou muito na história do jogo. Mas, ao mesmo tempo, ficou nítido que, sem ele, o Palmeiras sairia da final sem ter tido uma mínima expectativa de bola na rede - o que nunca é um bom sinal.

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