Palmeiras, Fla, Grêmio, Inter e Corinthians são os que mais lucram com bilheteria e sócio-torcedor
Segundo estudo, clubes estão com as cinco maiores receitas acumuladas dos últimos nove anos. Há dados sobre o time mais rico, compra e venda de atletas e direitos de TV
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Cinco clubes brasileiros seguem hegemônicos no quesito: bilheteria e sócio-torcedor. Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Internacional e Corinthians estão há nove anos com as maiores receitas do assunto abordado. Os números constam em estudo anual realizado pelo banco Itaú BBA, divulgado na última terça-feira, em São Paulo. O levantamento considera os balanços de 2018 publicados pelos clubes neste ano.
Para esclarecer, a análise se dá nas contas dos participantes da Série A – exceção ao CSA, que não revelou as informações, segundo o banco - além de América-MG, Criciúma, Coritiba, Figueirense, Paraná, Ponte Preta, Sport e Vitória.
Em 2018, o Palmeiras ganha destaque por ter conquistado R$ 160 milhões em receitas com bilheteria e sócio-torcedor. O Flamengo aparece na segunda posição, com R$ 93 milhões - 72% a menos que o Verdão. Na sequência, o Grêmio somou R$ 80 milhões, posteriormente, o seu rival, Internacional, deteve R$ 77 milhões, e o Corinthians, com R$ 60 milhões.
Os números não estão equivocados. Ano passado, o clube carioca colocou 62.994 torcedores no Maracanã contra o Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro - sendo o maior público da competição. Na sequência, o clássico Fla-Flu apareceu com 60.000 torcedores. Na quarta colocação, Flamengo e Palmeiras colocaram 58.613 pessoas também no Maraca.
Grêmio e Internacional se destacam pelo alto número de sócio-torcedor. O clube colorado tem quase 208 mil sócio-torcedores, na segunda posição o São Paulo detém 155 mil, e na terceira colocação, o Tricolor Gaúcho tem mais de 152 mil torcedores credenciados.
RECEITA TOTAL
O Palmeiras teve a maior receita no ano passado, com R$ 654 milhões, seguido pelo Flamengo, com R$ 536 milhões. São Paulo (R$ 399 milhões) e Corinthians (R$ 389 milhões) aparecem na sequência, mas já distantes dos dois primeiros. O Internacional, terceiro colocado no ano passado, ficou na sétima posição no ranking, com R$ 282 milhões. Uma diferença bem grande em relação a Palmeiras e Flamengo, líder e vice-líder do torneio nacional.
DIREITOS DE TV
Puxados pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa do Brasil, Flamengo, Corinthians e Cruzeiro foram os clubes que mais receita fizeram com Direitos de TV em 2018. O clube Rubro-negro adquiriu R$ 222 milhões, o Timão faturou R$ 198 milhões e a Raposa R$ 185 milhões. Nesta ocasião, o Palmeiras ficou na quinta colocação, com R$ 137 milhões arrecadados. Mas vale frisar que o cálculo foi feito a partir de todas as competições disputadas.
Comparando os valores de 2017 e 2018, houve crescimento considerável. Um dos fatores é a valorização da Copa do Brasil. Neste sentido, os clubes receberam 5,6% a mais da TV no ano passado.
O estudo também fez uma avaliação da representatividade das receitas com direitos de TV para os clubes, utilizando como referência aqueles que tem contratos de longo prazo com TVs para o Campeonato Brasileiro. Os demais clubes, sem contratos longos, costumam ter uma representatividade muito grande. Este é caso do Athletico-PR, que aparece com 62% de relevância. E o Cruzeiro aumentou a participação de TV em função da conquista da Copa do Brasil.
Nesse caso, Flamengo tem uma das menores representatividades, enquanto o Palmeiras é a menor, o que mostra que ambos estão com boa distribuição na geração de receitas.
COMPRA E VENDA DE JOGADORES
Com grande receita, os clubes são obrigados a ir ao mercado para "rodar" o capital. O Palmeiras foi o clube que mais gastou na contratação de novos atletas no ano passado, R$ 198 milhões. Na sequência, o Flamengo aparece, com R$ 135 milhões. O Cruzeiro, terceiro nesse ranking, gastou R$ 73 milhões – uma diferença de R$ 125 milhões para o atual campeão brasileiro.
No fim do ano passado, o Flamengo contratou Vitinho, que custou R$ 43 milhões aos cofres. Na época, foi o jogador mais caro da história do clube carioca. Contudo, no início do ano, Arrascaeta assumiu o posto. A contratação foi de R$ 63,7 milhões.
Do lado paulista, o meia Ricardo Goulart foi a principal contratação, mas logo saiu por conta de renovação de contrato com Guangzhou Evergrande, da China, que ainda aumentou o salário dele. Além disso, houve chegada de Zé Rafael, Mayke, Marcos Rocha, Carlos Eduardo, Arthur Cabral, Matheus Fernandes e Felipe Pires.
Além disso, o Brasil se coloca como um dos países que mais forma e vende talentos rapidamente. O destaque na evolução das vendas de atletas ao longo do tempo é o crescimento do Palmeiras, que no último ano ultrapassou o São Paulo como maior vendedor (R$ 170 milhões contra R$ 130 milhões). Nas séries de cinco anos, o Tricolor ainda é o clube que fez mais receita com a venda de jogadores, porém o Verdão se destaca nas somas referentes aos últimos cinco e três anos.
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