A possibilidade de os clubes se tornarem sociedades empresariais (clube-empresa) pode voltar a integrar o texto da Lei do Profut nesta terça, quando está prevista a análise por parte do Congresso aos vetos da presidente Dilma. E a expectativa dos parlamentares em relação à medida que possibilita a mudança no modelo de gestão dos clubes é de uma votação acirrada em Brasília após a avaliação dos vetos presidenciais ser adiada por três vezes por falta de quórum, em outubro.
A medida em questão propõe o pagamento de uma única taxa de imposto de 5% aos clubes que optarem por aderir o modelo de gestão, o que corresponde a uma queda de quatro pontos percentuais na carga tributária paga pelos clubes.
"Para os que adotarem este modelo, certamente se abrirão portas para novos investimentos", Otávio Leite (PSDB-RJ).
– Para os que adotarem este modelo, certamente se abrirão portas para captar novos investimentos – afirma o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do Profut.
Outro parlamentar defensor da medida é o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que preside o Conselho Deliberativo do Atlético-GO.
– O veto é um contrassenso à evolução do futebol brasileiro e quem orientou Dilma o fez de maneira equivocada – diz o deputado.
Segundo Arantes, a derrubada do veto não será fácil pela necessidade de ser aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado. A mesma opinião é compartilhada pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ).
– Entre os deputados da Câmara eu acredito que o veto seja derrubado. A maior dificuldade será entre os parlamentares do Senado – avalia Teixeira, citando que os deputados “são mais ligados aos clubes”.
– É uma medida que vai contra a cartolagem no futebol e dá maior participação aos sócios – define.