Primeira Liga começa com disputa fora de campo entre clubes e CBF

Após muita polêmica, torneio organizado pela Liga Sul-Minas-Rio sai do papel colocando em xeque a relação dos clubes com a entidade responsável pelo futebol brasileiro

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O pontapé inicial nas partidas da Primeira Liga na noite de hoje pode ter um significado que vai muito além do começo de uma nova competição. Organizado envolto a muita polêmica pela Liga Sul-Minas-Rio, o torneio tem colocado grandes clubes contra a CBF e há quem defenda um rompimento com a entidade responsável pelo futebol brasileiro para a criação de uma Liga Nacional ainda este ano.

O primeiro passo para a ruptura na relação entre as partes será dado com as partidas realizadas a partir de 30 de janeiro, data limite imposta pela CBF para a realização da Primeira Liga. Dirigentes dos clubes participantes da competição, entretanto, afirmam que o torneio será disputado na íntegra, com a decisão no dia 31 de março. Para isso, tomam como base a legislação brasileira que permite a realização de ligas independentes da CBF.

"A Lei Pelé está acima de qualquer coisa e ela nos permite realizar a Liga", Delfim Peixoto.

– A Lei Pelé está acima de qualquer coisa e ela nos permite realizar a Liga – diz Delfim Peixoto, presidente da federação catarinense e um dos idealizadores da Liga formada hoje por 15 clubes, sendo onze deles da Série A do Brasileirão.

Mesmo após várias reuniões e o veto oficial da CBF ao torneio publicado na última segunda-feira, 25, o presidente do Cruzeiro e da Liga Sul-Minas-Rio, Gilvan de Pinho Tavares, diz que novos encontros entre as partes poderão ocorrer para aparar as arestas sobre o torneio.

– Vamos jogar os jogos de quarta e quinta-feira e estamos abertos para o diálogo. Não queremos cisão com a CBF e nem brigar com ninguém – comentou o dirigente durante evento do Campeonato Mineiro.

Procurados, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, e o presidente da Ferj, Rubens Lopes, não atenderam as ligações da reportagem.

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