Opinião: ‘O que esperar de Rodolfo Landim e Abel Braga no Flamengo’
Com o anúncio do treinador pela nova diretoria rubro-negra a ser empossada para a temporada 2019, foco para o triênio 2019/21 está voltado para a conquista de títulos
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Abel Braga é, oficialmente, o comandante do Flamengo para 2019. E por que ele era a melhor resposta (após a recusa de Renato Gaúcho) das duas chapas que concorriam, de fato, na eleição presidencial do clube? Ora, talvez porque Abelão parece ser o único técnico no Brasil – dentre os que figuram no topo da pirâmide – capaz de agradar diretorias que andam na corda bamba para não serem tragadas pelas incessantes, porém necessárias cobranças.
A temporada 2018 acabou. E ficou marcada por uma tendência voltada para a aposta na nova safra de técnicos, a nova geração. No início até animou, mas o que se viu um depois é que não deu lá tão certo. Se a teoria (estudo) e o modernismo (inovações táticas) acompanham estes profissionais, falta-lhes a eficaz malandragem de saber controlar o vestiário. E nisso Abelão é Rei!
Clubes de ponta já tiveram a real percepção de que o risco de montar esquadrões em campo sem um comando apropriado pode custar caro demais em um mundo de cifras altíssimas. Foi exatamente isso o que o presidente do Palmeiras Maurício Galiotte disse, em entrevista ao programa “No ar com André Henning”, ao se referir à escolha por Felipão em substituição a Roger Machado, que gozava de ótimos resultados, mas não dominava o vestiário, o que ligou o alerta na diretoria alviverde.
Mas e no clube de maior receita ao lado do decacampeão Brasileiro? Refiro-me ao Flamengo. As primeiras palavras de Rodolfo Landim como novo presidente do clube da Gávea, após a eleição do último sábado, “A prioridade é ganhar títulos. Precisamos voltar a ser campeões para fazer o nome do clube grande de novo” acentuaram o compromisso para o triênio 2019/21: foco em títulos grandiosos, justamente o que faltou no mandato de seis anos de Eduardo Bandeira de Mello.
Landim sabe que assim como o Palmeiras, o Flamengo não pode errar na escolha do seu comandante. E por isso a obsessão por Abel, que reúne em apenas um profissional qualidades essenciais, tais como: passado inquestionável, futebolês do vestiário (que acolhe e fideliza o jogador), suporte e retaguarda de quem o rodeia, esquemas eficazes, boa relação com a imprensa e o principal: campeão de tudo o que disputou e por onde passou. Ciente dessas valiosas ferramentas, Landim tem a missão de explorar o legado administrativo deixado por Bandeira & Cia. e transformar toda a reestruturação e o equilíbrio financeiro em conquistas à altura da história do clube.
Com a formação do novo comitê de futebol e o altíssimo valor para investimentos, Landim vê em seu homem forte Marcos Braz e no bom e velho Abel Braga a estrutura certeira para a formação de um plantel experiente, talentoso e versátil que dará lugar não mais ao improviso e, sim, ao compromisso de elevar o Rubro-Negro aos voos alcançados em um passado não tão distante... agora o desafio será disputar tudo e ganhar na mesma intensidade. Nada além disso será tolerado. Tudo indica que o futuro breve (e também distante) reserva novos (e bons) tempos pelos lados da Gávea.
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