Relator do Profut diz que eleição na CBF é ilegal e pede anulação

Deputado federal Otavio Leite, assim como o senador Romário, alega que assembleia que ditou as regras do pleito foi uma 'manobra sorrateira para perpetuar grupo' no poder

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Relator da proposta que originou a Lei do ProFut (Lei 13.155/15) e deputado federal, Otavio Leite (PSDB-RJ) afirma que a eleição de Rogério Caboclo à presidência da CBF, realizada nesta terça-feira, é ilegal. Há uma ação pública, no Juizado do Torcedor do Rio de Janeiro, que pede a anulação da assembleia que definiu as regras do pleito. Candidato único com apoio de todas as federações e quase todos os clubes (Corinthians votou em branco, Flamengo se absteve e Atlético-PR não compareceu), Caboclo foi o escolhido para comandar a entidade, no lugar de Marco Polo Del Nero, de abril de 2019 a 2022.

- A razão é muito simples. A Assembleia da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizada em 23 de março de 2017, que fixou pesos diferenciados (federação - peso 3; clubes da série A - peso 2; clube série B - peso 1), ofendeu claramente os artigos 22 e 22-A da Lei do ProFut, ao não convocarem os clubes a participar - afirmou Otavio Leite.

- Foi uma típica manobra sorrateira para perpetuar o grupo que domina a CBF, ao alijarem os clubes de participar e impedir a oxigenação democrática na instituição - completou o deputado federal.

Leite lembra que prossegue em tramitação a ação civil pública que reivindica a anulação desta assembleia. Uma decisão pode sair a qualquer momento (veja abaixo o processo Ministério Público x CBF).

Em 3 de abril de 2018, Otavio Leite e o senador Romário estiveram na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, para entregar uma representação na qual pediam o cancelamento da eleição na CBF, realizada nesta terça.

Processo pede anulação de assembleia da CBF
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