Representante da Kanxa critica conduta do Boa sobre Bruno: ‘Em momento algum, nos avisaram’
Gerente de marketing, Sergio Grer, afirma que patrocinadores não foram consultados antes de clube decidir pela contratação do goleiro, que foi apresentado nesta terça
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O gerente de marketing da Kanxa, Sergio Grer, não escondeu que o receio de associar a marca à imagem do Boa Esporte, que abriu as portas para o Bruno, fez a fornecedora afastar-se do clube mineiro. Em entrevista ao LANCE!, o representante da empresa questionou o Boa por não avisar os seus antigos apoiadores do acerto com o goleiro, e apontou que a permanência da Kanxa seria um "marketing negativo".
- Em momento algum, eles conversaram com nenhum dos parceiros antes do acerto. Na verdade, o que aconteceu foi um "marketing negativo". Não é meramente a ressocialização de um atleta à sociedade, mas o impacto que a contratação do Bruno para o clube.
Grer detalhou o motivo da demora para o clube se pronunciar. A nota oficial da Kanxa aconteceu na segunda-feira, três dias depois da confirmação do Boa Esporte:
- Soubemos da notícia na noite de sexta pela imprensa. Precisávamos conversar com o Boa para confirmar o acerto e nos reunirmos, o que só conseguimos ontem (segunda-feira). Por isto, a Kanxa demorou a dar uma resposta. Ao confirmarmos que o Boa acertou com o Bruno, automaticamente emitimos uma nota para romper contrato.
O gerente de marketing ainda apontou que a empresa foi alvo de críticas aos olhos do público:
- Lógico, associaram todo mundo. A Kanxa somente fornece material esportivo, mas pela postura da diretoria do Boa, ficou meio complicado.
Além da Kanxa, outros quatro patrocinadores se afastaram do Boa devido ao anúncio de Bruno: o patrocinador máster Góis & Silva, a Cardiocenter, a Magsul e a Nutrends Nutrition. O goleiro, que assinou por dois anos, foi apresentado na manhã desta terça-feira.
O Boa Esporte será o primeiro clube de Bruno após deixar a cadeia, onde ficou por sete anos. O jogador de 32 anos saiu no dia 24 de fevereiro graças a um habeas corpus concedido pelo STF, e aguardará em liberdade o resultado do recurso da condenação da pena de 22 anos e três meses de prisão por sequestro, morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio.
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