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Rogério Caboclo sela acordo com MP para conseguir arquivamento do processo por assédio, diz site

Caboclo aceita pagar uma quantia destinada a ONGs de combate à violência contra a mulher e de defesa dos animais em troca de ser denunciado no Ministério Público  

Rogério Caboclo
Mesmo com acordo, Caboclo não está livre de processos em outras esferas nem que confessou crime (Lucas Figueiredo/CBF)

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O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, selou na sexta-feira passada (3) um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro em relação a uma denúncia de assédio moral e sexual feita a uma funcionária da entidade máxima do futebol nacional. Chamado de "transação penal", o instrumento jurídico é utilizado em juizados especiais criminais que apuram delitos considerados de menor potencial ofensivo. Caboclo aceitaria pagar uma quantia (em geral doada para ONGs) em troca do processo ser arquivado. A informação foi divulgada pelo "ge.globo".

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De acordo com a reportagem do site, a negociação previa que Caboclo pagaria R$ 100 mil para não ser denunciado. O dinheiro seria destinado a uma entidade que atua no combate à violência contra a mulher e outra que cuida de animais abandonados. O caso corre sob segredo de Justiça.

A decisão não significa que Rogério Caboclo confessou seu crime. O cartola evitou que fosse denunciado no Ministério Público, fato que poderia levá-lo a julgamento. A vítima também pode denunciá-lo em outras esferas públicas. Acordos deste padrão só são fechados com quem não tem antecedentes criminais e não podem ser feitos pelos próximos cinco anos.


Na semana passada, a Comissão de Ética da CBF decidiu que Rogério Caboclo não cometeu assédio moral e sexual a uma funcionária que o denunciou. O caso foi considerado "conduta inoportuna" e ele foi punido com afastamento de 15 meses, fato que permitiria seu regresso à entidade para cumprir o restante do mandato. Formada pelos 27 presidentes das federações estaduais, a Assembleia Geral da CBF (que avalia a decisão sugerida na Comissão de Ética) considerou a punição branda demais, assim como os vices da entidade.

A Comissão de Ética investida outros dois casos em torno de Caboclo. Um de assédio moral, movido pelo diretor de TI da CBF, Fernando França, e de uma ex-funcionária da entidade, em caso que também corre na esfera no Ministério Público do Trabalho.

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