Ex-técnico da Seleção, Vadão morre aos 63 anos vítima de câncer
Treinador estava internado na UTI desde o dia 12 de maio e lutava contra a doença no fígado, mas situação era grave
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O ex-treinador da Seleção Brasileira feminina Oswaldo Fumeiro Alvarez, conhecido popularmente por Vadão, morreu nesta segunda-feira vítima de complicações de um câncer no fígado. Ele tinha 63 anos. O treinador descobriu a doença ainda em dezembro e vinha realizando tratamento desde o início de 2020, quando passou por sessões de quimioterapia.
Vadão precisou ser internado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, no último dia 12 de maio, mas o quadro já era grave. Além do tumor no aparelho digestivo do treinador, o fígado também foi afetado.
O ex-treinador deixa a esposa Ana Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvares. O velório e sepultamento, restrito aos familiares, será em Monte Azul Paulista, sua terra natal.
Ao longo da carreira como treinador, Vadão começou no Mogi Mirim, onde comandou a equipe da década de 90 conhecida como 'Carrossel Caipira', com craques como Válber, Leto e Rivaldo. O técnico também esteve à frente de Guarani, XV de Piracicaba, Athletico Paranaense, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Goiás, Sport, entre outros. O último trabalho foi à frente da Seleção Brasileira feminina, quando dirigiu a equipe na Copa do Mundo de 2019, caindo nas oitavas de final para a França.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, lamentou a morte do treinador.
- Vadão era uma pessoa excepcional. Um homem raro, capaz de reunir virtudes como idoneidade absoluta, lealdade ímpar e enorme competência. Deixa um legado marcante para o nosso futebol e uma saudade grande em todos nós, que convivemos com ele - comentou Caboclo.
Identificado com os dois times de Campinas, Guarani e Ponte Preta, Vadão era conhecido na cidade como "Mister Dérbi" por nunca ter perdido um clássico local.
Conquistas
Com muitos clubes no currículo, Vadão foi campeão do Torneio Rio São Paulo em 2001 pelo São Paulo em um time que tinha como destaque o meia Kaká, lançado por ele aos 16 anos. Depois, pelo Guarani, foi vice-campeão da Série B do Brasileirão em 2009 e vice do Paulista em 2012.
Pela Seleção Brasileira feminina, conquistou a Copa América de 2014 e 2018, a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2015, dois Torneios Internacionais e um quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016.
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