Torcedores do Fortaleza são conduzidos à delegacia após confusão durante o jogo contra o Corinthians
Briga aconteceu entre membros de duas organizadas do clube nordestino
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Trinta e seis torcedores do Fortaleza foram conduzidos ao 65º Distrito Policial de São Paulo, localizado em Artur Alvim, bairro da zona leste de São Paulo, após confusão entre duas organizadas do Leão: TUF (Torcida Uniformizada do Fortaleza) e JGT (Jovem Garra Tricolor). A briga aconteceu durante o segundo tempo do empate em 1 a 1 entre a equipe nordestina e o Corinthians, pelo jogo de ida da semifinal da Conmebol Sul-Americana. Minutos após o início da pancadaria, a Polícia Militar foi acionada e repreendeu o grupo.
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Como o Jecrim (Juizado Especial Criminal) não foi montado na Neo Química Arena na partida entre Timão e Leão, os torcedores detidos foram levados para o subsolo do estádio onde foram qualificados pelos PMs presentes e levados ao DP para prestarem depoimento. A permanência ou liberação deles dependerá do delegado de plantão.
De acordo com informações colhidas pela reportagem, os membros das uniformizadas que foram conduzidos ao 65º Distrito Policial podem responder por provocação de tumulto em código previsto por meio da Lei Geral do Esporte.
As duas facções envolvidas na confusão possuem histórico de inimizades, principalmente por conta de alinhamentos com organizadas de outras equipes rivais em Pernambuco. A TUF é aliada da Inferno Coral, do Santa Cruz, enquanto a JGT tem parceria com a Jovem, do Sport.
Após o jogo contra o Timão, o presidente Marcelo Paz, do Leão, deu uma declaração forte através das redes sociais da sua equipe onde repudiou fortamente as ações no setor de visitante da arena corintiana. O mandatário do Tricolor também pediu ajuda à Secretaria de Segurança Púbilica do Ceará e o Ministério Público do Estado para identificar os envolvidos na briga e tomar as medidas cabíveis.
– Aquelas pessoas que brigaram não representam o Fortaleza, os nossos valores. Eu estou envergonhado com aquilo. Venho aqui pedir desculpas para quem estava na arquibancada, estádio inteiro e até que acompanhou pela televisão, no Brasil e América do Sul. Fortaleza é um clube que tem pautado o seu trabalho no crescimento de gestão, gestão humanizada, que valoriza as pessoas, que tem trabalhos sociais e isso está totalmente na contramão. Essas pessoas estão na idade da pedra. São trogloditas, que não deveriam fazer parte do futebol. Peço aqui a ajuda da Secretaria de Segurança Pública do nosso Estado, do Ministério Público, que são sempre atuantes e parceiros institucionais, para que a gente possa identificar essas pessoas, para que elas não façam mais parte do jogo de futebol. Elas não são bem-vindas no Fortaleza – afirmou Marcelo, que acrescentou dizendo que alguns jogadores estavam preocupados no vestiário, após a partida, por terem familiares no mesmo ambiente.
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– Os jogadores, no vestiário, estavam super preocupados, porque tem familiares que ficam na arquibancada, e o jogador está jogando e vendo a briga. Olha como isso prejudica o time, além de prejudicar a imagem da instituição. Meu repúdio a essas pessoas. Tudo o qie o Fortaleza puder fazer para identificar e punir será feito. E que muito em breve a gente possa ter também no nosso estádio o reconhecimento facial para impedir que essas pessoas entram no estádio. Elas não fazem parte do ambiente saudável do futebol. Futebol é entretenimento, alegria, família. O momento que o Fortaleza vive é bonito na história. Quantas pessoas vieram até São Paulo para curtir, ver o seu time jogar, trouxeram filhos, esposas, pai mais velho, e a gente teve que ver aquele espetáculo deplorável duas vezes, e isso está totalmente fora do que a gente pensa para o futebol. Essas pessoas não são bem-vindas no Fortaleza. Elas estão na idade da pedra, enquanto o clube evoluiu para outro caminho.
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OUTRO EPISÓDIO NA PARTIDA
O episódio entre os torcedores do Fortaleza não foi o único problema que aconteceu na partida realizada na noite desta terça-feira (26). Pouco antes do início do jogo sinalizadores foram acesos no setor norte da Neo Química Arena e ao terem contato com o plástico presente em algumas faixas e bandeiras ocasionaram um incêndio que foi rapidamente controlado mas fez com que uma torcedora corintiana precisasse ser reanimada após inalar uma quantidade elevada de fumaça.
A garota de 25 anos tem quadro asmático e desmaiou, batendo a cabeça na queda e sendo até mesmo pisoteada por outros corintianos que tentavam fugir do fogo. Ela foi reanimada já na maca, no gramado da arena do Timão com a bola já rolando. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento de Itaquera porque também fraturou um dos braços.
Outro torcedor foi levado à UPA, mas nem o motivo e o estado dele foram informados. Cerca de 15 outros corintianos foram atendidos no ambulatório da Neo Química Arena com queimaduras de primeiro grau ou passando mal por conta da inalação do monóxido de carbono.
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